A cirurgia reconstrutiva é amplamente utilizada na Oncologia Veterinária com o objetivo de permitir o fechamento sem tensão após a exérese de grandes neoformações ou em localizações com limitações teciduais, prevenindo assim a deiscência da ferida e otimizando a recuperação do paciente. O planejamento cirúrgico prévio é, entretanto, essencial para minimizar intercorrências no pós-operatório. O presente estudo teve como objetivo identificar pacientes submetidos ao tratamento oncológico por intermédio de técnicas reconstrutivas entre 2017 e 2022 no Hospital Veterinário da Escola de Veterinária da UFMG, além de verificar as margens cirúrgicas e as complicações observadas no pós-operatório. Para tanto, foram avaliados 22 cães. O resultado foi considerado excelente em 18% (6/22) dos casos; bom em 72% dos animais (17/22) com o desenvolvimento de uma ou mais complicações, mas sem a necessidade de reintervenção cirúrgica, enquanto que 10% (1/22) apresentaram resultado razoável, com necessidade de reintervenção cirúrgica e nenhum caso relatado com resultado ruim, com a necessidade de mais de uma intervenção cirúrgica. A deiscência da sutura foi a complicação de maior incidência, atingindo 36% (8/22), seguido por infecção e edema, com 32% (7/2) e 27% (6/22) respectivamente, e com menor incidência seroma e hematoma com 23% (5/22) cada, e necrose com 18% (4/22). O diagnóstico histopatológico mais recorrente foi mastocitoma representando 32% dos casos (7/22), seguido por sarcomas de tecidos moles, com 27% (6/22). A incidência de tumores com margem comprometida (M1) neste estudo foi de 36% (8/22), enquanto que a ocorrência de margens próxima (< 2mm) (M2) foi de 14% (3/22) e margens livres foi de apenas 23% (5/22) sendo dois casos com margem limpa de 2-5mm (M3) e três desses casos com margem limpa > 5mm (M4). A obtenção de margem histopatológica limpa em apenas 23% dos animais deste estudo, associada à baixa incidência de recidiva tumoral no sítio cirúrgico, mesmo para aqueles casos em que a margem estava comprometida ou próxima, leva a conclusão que a exérese tumoral associada à modalidades terapêuticas como a quimioterapia e a eletroquimioterapia foram imprescindíveis para o bom resultado observado.
Palavra-chave: cães, cirurgia reconstrutiva, margem cirúrgica , retalho axial, retalho subdermal.
Dr.(a). Rodrigo dos Santos Horta – Orientador(a)
Dr.(a). Patricia Maria Coletto Freitas
Dr.(a). Ayisa Rodrigues de Oliveira
Dr.(a). Silvia de Araujo França Baêta
Suplentes:
Dr.(a). Isabel Rodrigues Rosado
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