O objetivo deste estudo foi avaliar as características ovulatórias e lúteas, bem como a expressão gênica uterina e a morfologia endometrial, em éguas de transição que receberam gonadotrofina coriônica equina (eCG) como parte de um protocolo de indução de ovulação com hCG baseado em progesterona (P4) durante o período de inverno tardio. Nos experimentos I (n=23) e II (n=8), um total de 31 éguas mestiças tiveram dispositivo liberador intravaginal de P4 (2,0g) implantado por dez dias. Após a remoção do dispositivo P4, o crescimento folicular foi monitorado, com éguas recebendo 500 UI de eCG (Grupo eCG) ou 2,5 ml de solução salina (Grupo Controle) quando o folículo ovariano dominante (FD) atingisse 30 mm de diâmetro. Em ambos os grupos, a gonadotrofina coriônica humana (hCG; 2.000 UI) foi administrada assim que um folículo ovulatório (FO) ≥ 35mm de diâmetro foi detectado. A ultrassonografia ovariana foi realizada desde o início do protocolo (D0) até 20 dias pós-ovulação. Do 3º ao 20º dia após a ovulação, a ultrassonografia foi realizada no modo Doppler colorido. As concentrações de P4 foram avaliadas por quimioluminescência e foram realizadas biópsias uterinas para avaliar a expressão dos genes ESR1, ESR2, PGR e P19, além de análises histopatológicas. Os dados intergrupos foram comparados por meio de testes T com nível de significância de P < 0,05. Taxas de crescimento folicular antes (P = 0,554) e depois (P = 0,257) da remoção do dispositivo P4, taxa de ovulação (P = 0,193), tempo até a ovulação (P = 0,998), diâmetro OF no momento da ovulação (P = 0,618), diâmetro do corpo lúteo (CL) aos 10 dias (P = 0,751), 12 dias (P = 0,512) e 14 dias (P = 0,181) após a ovulação, e níveis séricos de P4 nesses mesmos momentos (P = 0,116, P = 0,712, P=0,895, respectivamente), foram semelhantes entre os dois grupos. A perfusão lútea foi reduzida (D10: P=0,025; D11: P=0,036; D12: P=0,0181; D13: P=0,0313) no grupo eCG em comparação às éguas controle do décimo ao décimo terceiro dia após a ovulação. Maior diâmetro glandular (P= 0,0496) e altura epitelial (P= 0,0373) do endométrio foram observados no grupo eCG aos 10 dias após a ovulação, mas não aos 14 dias após a ovulação (P=0,7351 e P=0,8495, respectivamente). A expressão dos genes ESR1 (P=0,003) e P19 (P=0,001) foi reduzida no grupo eCG. Concluiu-se que o tratamento com eCG reduziu a perfusão luteal e reprimiu a expressão de ESR1 e P19 no útero de éguas em transição.
Palavras-chave: corpo lúteo, equino, fertilidade, expressão gênica, útero.
Titulares:
Dr.(a). Letícia Zoccolaro Oliveira – Presidente – Orientador
Dr.(a). Erika Cristina Jorge
Dr.(a). Guilherme Pugliesi
Dr.(a). Alan Maia Borges
Dr.(a). Fernanda Radicchi Campos Lobato de Almeida
Dr.(a). Fernanda Saules Ignácio
Dr.(a). Elisa sant´ana Monteiro da Silva
Suplentes:
Dr.(a). Gabriel Augusto Monteiro
Dr.(a). Fabiola de Oliveira Paes Leme
Dr.(a). Renato de Lima Santos
Dr.(a). Renata Lançoni
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