A dermatofitose é uma doença importante na medicina veterinária, emergente em várias espécies. Para evitar a disseminação, é necessário um diagnóstico rápido e confiável, o que não é possível com os métodos usuais. Atualmente, nenhum método é considerado padrão-ouro, sendo necessária a associação de diversas metodologias. Foram eleitos 48 gatos da região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais , dos quais 24 apresentavam queixa dermatológica sugestiva de dermatofitose e fluorescência sob lâmpada de Wood, e 24 felinos se apresentavam saudáveis. Todos os felinos foram submetidos a seis formas de diagnóstico de dermatofitose felina. Houve alta concordância em relação aos felinos assintomáticos, não havendo falsos positivos neste estudo. Portanto, todos os métodos diagnósticos obtiveram 100% de especificidade e valor preditivo positivo (VPP), exceto o exame direto. O exame direto foi incapaz de detectar o fungo em felinos sintomáticos, portanto, não foi possível calcular sua sensibilidade, bem como seu VPP. Seu valor preditivo negativo (VPN) e acurácia (51%) foram baixos, sendo considerado um método diagnóstico insatisfatório. A dermoscopia também foi insatisfatória, apresentando baixas sensibilidade (8%), VPN (53%) e acurácia (55%). As culturas fúngicas foram pouco satisfatórias, sendo o meio Dermatophyte Test Medium (DTM) discretamente superior aos demais, apresentando valores mais altos de sensibilidade (69%), VPN (77%) e acurácia (85%). O meio Mycosel apresentou sensibilidade (65%), VPN (75%) e acurácia (82%) intermediárias e o meio Sabouraud apresentou sensibilidade (52%), VPN (68%) e acurácia (76%) inferiores aos demais meios de cultura fúngica. A Polymerase Chain Reaction (PCR) apresentou valores máximos (100%) em todos os quesitos avaliados, sendo superior às demais metodologias estudadas.

Palavras-chave: Cultura, PCR, fungo, Microsporum canis