A atuação profissional no âmbito das ciências agrárias, em serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER), caracteriza-se principalmente por profissionais autônomos que se relacionam diretamente com os produtores. O que não é diferente no atendimento as produções de organismos aquáticos. Com visita às propriedades para atenção as demandas e solução dos problemas enfrentados pelos sistemas de produção.
Porém este modelo de ATER apresenta problemas. O primeiro deles é ser pontual, quando da existência de problemas, não permitindo atenção preventiva. Outras questões são a descontinuidade das ações e o não acompanhamento por parte do técnico dos resultados alcançados nem da forma de implementação das recomendações. Na perspectiva do técnico esta atuação autônoma gera insegurança, principalmente no início da vida profissional, quanto ao alcance de clientes e rendimentos. Para os produtores o contato pessoal e as relações daí recorrentes transmitem sentimentos de “amadorismo”, com relativo descrédito.
Na tentativa de contornar estas questões nos últimos anos surgiram empresas de ATER que fazem a captação de clientes e os repassam a técnicos. O serviço é fornecido pela empresa que usa os resultados e capacitação dos técnicos vinculados a ela, indiretamente, para a captação de novos clientes. Assim a empresa e os técnicos, vinculados como pessoas jurídicas, se beneficiariam. Porém, parte significativa da remuneração pertence à empresa, aos profissionais cabe arcar com os custos e riscos do deslocamento e dos trabalhos.
Neste sentido a articulação de técnicos em redes de apoio ou cooperativas tem as mesmas vantagens sem a presença de empresa que se apropria da maior parte dos ganhos. Sendo esta uma estratégia para superação dos modelos convencionais de vinculação dos extensionistas às propriedades rurais.
Em geral a formação universitária se preocupa mais com a qualificação técnica de seus estudantes e pouco com a formação humanística que permita-lhe vislumbrar formas de atuação profissional alternativas ao padrão empresarial, tecnológico e detentor de grandes capitais. Formação que exclui aqueles setores menos capitalizados e mais marginalizados. Também não é desenvolvida a capacitação para vinculação profissional de forma autônoma e inovadora.
O fracasso deste modelo tradicional de atuação dos profissionais das ciências agrárias pode ser demonstrado pelo fato de apenas 20,21% das propriedades rurais no Brasil receberem algum tipo de atendimento em ATER. Situação que se torna mais grave quando se analisa o quadro das propriedades que se dedicam a produção de organismos aquáticos que além de representarem apenas 0,37% das propriedades rurais, apenas 30,42% recebem algum tipo de assistência técnica. Ao mesmo tempo os dados que revelam grande potencialidade para o crescimento do setor e dos trabalhos de ATER junto aos aquicultores é também desafiador. São poucas propriedades dedicadas a produção de organismos aquáticos e pouca tradição em demanda por orientação técnica.
É com estas preocupações que se propõem o acolhimento de demandas de trabalhos de ATER vindas dos setores produtivos e a organização de uma forma de trabalho cooperado e associativo aos estudantes. Inova disponibilizando serviço de ATER com tecnologias modernas, permitindo que os estudantes rompam com a estrutura “empresarial” tradicional e vivam a experiência de vinculação profissional cooperada e associativa.
Diante deste quadro propõem-se o desenvolvimento de iniciativa capaz de propor ações de ATER com metodologia inovadora pautada no respeito a autonomia dos grupos locais, diálogo e troca de saberes com os produtores. Propõem-se a utilização de equipamentos que permitam a qualificação da produção de organismos aquáticos e a preservação ambiental. Resultando em geração e diversificação de renda e a autonomia dos grupos locais. O Curso de Aquacultura não possui Empresa Júnior (EJ), como campo acadêmico para prática e incentivo aos estudantes para criação. Nosso objetivo é fomentar a inovação na cadeia produtiva da aquicultura possibilitando aos estudantes atuação no mercado de trabalho por meio de inserção em atividades cooperadas e associativas de vinculação profissional, utilização de equipamentos e metodologias de controle dos fatores produtivos e ambientais. Uma visita feita em Felixlândia – MG com os alunos do curso de Aquacultura. Lá foi feita coleta de tilápias que apresentaram sinais clínicos, e foi feita a coleta de dados da produção. Os alunos de aquacultura foram para a comunidade da Lagoa do Meio em Felixlandia-MG. Lá foi feita coleta de dados e coleta de animais para bacteriologia. Alunos de Aquacultura foram visitar a comunidade Lagoa do Meio em Felixlândia-MG, a saída da escola de veterinária foi às 6h. Lá foi feita coleta de dados do mês e coleta de tilápias com sinal clínico.