A água com qualidade adequada ao consumo humano e animal vem-se tornando cada vez mais escassa, o que tem
chamado à atenção da comunidade cientifica e da sociedade organizada para a fragilidade dos ciclos naturais
responsáveis pela renovação e pela disponibilidade da água que tem sido utilizada desde os primórdios das civilizações
em diferentes partes do mundo (Resende, 2002).
A importância sanitária, implementação ou melhoria nos serviços de abastecimento de água traz como resultado uma
rápida e sensível melhora na saúde e nas condições de vida de uma comunidade, principalmente mediante o controle e
prevenção de doenças e da promoção de hábitos higiênicos (Rouquayrol, 1994).
A qualidade de uma determinada água é função do uso e da ocupação do solo na bacia hidrográfica (Rocha et.al., 2006).
A interferência do homem contribui para a introdução de compostos na água, afetando sua qualidade, quer de forma
concentrada pela geração de despejos domésticos ou industriais, quer de forma dispersa pela aplicação de defensivos
agrícolas no solo (Gaglianone, 1987; Sperling, 2005).
Como as condições naturais da água podem ser alteradas pela poluição, comprometendo sua qualidade, esta alteração
deve ser analisada em termos do impacto nos usos previstos para a água, pois a qualidade exigida depende de sua
utilização.
Em termos gerais, apenas os abastecimentos domésticos e industriais estão frequentemente associados a um tratamento
prévio da água, devido aos seus requisitos de qualidade mais exigentes.
A interpelação entre o uso da água e a qualidade requerida para ela é direta. Pode-se afirmar que o uso mais nobre para
a água é o abastecimento doméstico e o menos nobre é da simples diluição dos despejos, pois o abastecimento
doméstico requer a satisfação de diversos critérios de qualidade (Sperling, 2005).
A população residente na zona rural na grande maioria não é atendida pelo sistema de abastecimento público de água,
tendo de utilizar as fontes existentes na região muitas vezes sem nenhum tipo de tratamento o que pode trazer grandes
impactos na saúde pública e também afetar economicamente a produção agropecuária.
Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais conta com importantes bacias hidrográficas que permitem o desenvolvimento da economia em larga escala
tanto para a pecuária quanto para a agricultura. O elevado status econômico tem consequências negativas para os
recursos hídricos. Neste sentindo faz-se necessário o desenvolvimento de estratégias para a conservação deste recurso
e neste trabalho busca-se focar principalmente nas áreas onde nasce este recurso a fim de fomentar a criação de
corredores ecológicos e permitir a interação entre diferentes ecossistemas na região.
Nascentes são manifestações superficiais de lençóis subterrâneos que originam os cursos dágua (VALENTE & GOMES
2005), e sua conservação está diretamente relacionada à proteção da formação florestal existentes nas suas margens. O
termo mata ciliar tem sido utilizado de forma genérica para definir a cobertura vegetal localizada no entorno de
nascentes, lagos e reservatórios e ao longo dos rios. Elas são de importância fundamental para a preservação dos
corpos hídricos.
Este projeto visa o monitoramento da qualidade da água de nascentes no município de Igarapé/MG, com a proposição de
medidas para conservação e/ou melhoria da sua qualidade.
O Projeto Guardião dos Igarapés aprovado pelo Edital 02/2014 do Programa Produtor de Água da Agência Nacional de
Águas (ANA) está dividido em 12 metas. Abaixo se encontram discriminadas as atividades da Meta 12 Monitoramento a
serem realizadas no âmbito da âmbito da Bacia Hidrográfica do Sistema Serra Azul. Ao realizar o monitoramento das nascentes na zona rural do município de Igarapé/MG, a fim de avaliar a qualidade de água nas áreas e desta maneira oferecer subsídios para a tomada de decisões e gerenciamento dos recursos hídricos no
município de Igarapé.
Atualmente já foram monitorados a qualidade de água de 44 nascentes e 44 córregos na Bacia Hidrográfica do Sistema Serra Azul.