Da esquerda à direita: Roberto Guedes, Baljit Singh, Penny Skilnik e José Aurélio.
A forma diferente de se vestir já os denunciava como estrangeiros. Mas o que poucos sabiam era a importância da presença do grupo para o futuro ainda mais promissor da Escola de Veterinária da UFMG. Os visitantes Baljit Singh , coordenador do colegiado de pós-graduação da Western College of Veterinary Medicine, e Penny Skilnik, diretora especial de projetos, ambos da universidade canadense de Saskatchewan, vieram à Escola na última terça-feira, dia 5, em uma missão especial: instaurar uma parceria inédita entre as duas universidades.
Assim como várias universidades estrangeiras buscam colaboração com outras intuições de ensino, principalmente nos quesitos pesquisa, geração de novos recursos e treinamento de alunos, com a Escola de Veterinária não poderia ser diferente. Pensando nisso, o professor Roberto Guedes, do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias, que possuía contato com outro professor da universidade canadense, intermediou a visita de missão. “O professor John Harding, da Universidade de Saskatchewan, já tinha interesse em estabelecer uma parceria mútua entre as universidades. Então, ele sugeriu que o grupo de missão, que estava com uma visita agendada no Brasil, também viesse à Belo Horizonte”, conta.
A visita de missão canadense iniciou na Universidade Federal do Rio de Janeiro, passou por Belo Horizonte, na Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais , e terminará em São Paulo. Entretanto, visita “in loco” foi exclusividade da capital mineira. Nas outras cidades serão realizadas apenas reuniões específicas. “Fomos fortunados de tê-los em uma visita local, onde puderam conhecer os laboratórios”, diz o professor Roberto Guedes. “Foi uma experiência muito boa, eles ficaram impressionados com a estrutura da Escola”, completa.
Programas
Universidade de Saskatchewan possui um programa intitulado “Create” que se destrincha em uma linha abrangente de pesquisa chamada “One Half”. Essa linha engloba diversas áreas como a de saúde pública, de doenças infecciosas em animais e em humanos. Executado a cerca de um ano, o programa é financiado por uma instituição canadense e possui associação com a Universidade de Berlim, na Alemanha, e com a Universidade de Melbourne, na Austrália.
No Brasil, o programa foi, recentemente, incorporado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp, permitindo que estudantes e professores das instituições sediadas em São Paulo participem do projeto. Belo Horizonte seria a próxima parceira do “Create”.
“A missão canadense veio até a Escola de Veterinária para articular esse convênio de colaboração. A meta inicial é a Escola, mas o interesse é fazer uma colaboração mais ampla que permita que a UFMG, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais – Fapemig, entre também nessa rede de universidades. Assim, seria instaurado um trânsito entre alunos de pós- graduação e docentes de ambas as instituições. Além do intercâmbio direto entre as universidades”, explica Roberto Guedes.
Para o professor Rafael Faleiros, do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias a parceria seria fantástica. “É um sistema bastante globalizado e muito estimulante. Tem pesquisadores do mundo todo, de diversas áreas. Então, é um negócio muito novo e importante. Com certeza, seria interessante se a Escola de Veterinária pudesse participar desse programa também”.
Parcerias
Outra possibilidade de parceria entre a Escola de Veterinária e a Western College of Veterinary Medicine é por meio da linha de pesquisa sobre processos inflamatórios, ou laminite, em equinos, coordenada pelo professor Rafael Faleiros. “A visita foi interessante também para analisarmos outras possibilidades de parceria entre as instituições”, diz o professor.
Satisfeito em contribuir nessa nova empreitada, o professor Roberto Guedes analisa: “Demos um passo grande em direção a assinar esse termo de parceria e a visita foi fundamental para o direcionamento desse acordo mútuo de colaboração. Valorizo não só a presença do professor Baljit Singh, como também da diretora de projetos Penny Skilnik, que nos esclareceu muitas dúvidas”.
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