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Notícia

Universidade anuncia implantação de ciclovia e bicicletários

A UFMG anunciou nesta quinta-feira, 22 de setembro, data em que se comemora o Dia Mundial sem Carro, a implantação de bicicletários e ciclovia no campus Pampulha, além de planos para investimento em sistema de transporte elétrico. As novidades foram divulgadas pelo pró-reitor de Administração, Márcio Baptista, na chegada das quatro pessoas que foram convidadas a se dirigir ao campus Pampulha a partir da Praça da Estação, cada uma fazendo o trajeto de uma maneira diferente: de bicicleta, de carro, de ônibus e a pé. A atividade integrou a programação da UFMG para o Dia Mundial sem Carro.

A UFMG promove até esta quinta, em seu portal na web, o questionário Dia Mundial Sem Carro, para saber qual o transporte mais utilizado pelos estudantes e servidores e qual a alternativa que eles vislumbram para a melhoria do acesso ao campus Pampulha. Até a noite do dia 21, participaram da enquete 6.369 alunos e os resultados obtidos foram:

48.74% utilizam veículo próprio
35.85% usam o transporte público
7.33% vêm de carona
6.64% se dirigem ao campus Pampulha a pé
1,44% usam a bicicleta

Das soluções apontadas para resolver o problema, 56,43% defendem a criação de estações de metrô mais próximas das unidades da UFMG, outros 16,82% acreditam que a saída é o aumento do número de linhas do transporte coletivo, 15,25% defendem a diminuição dos intervalos entre os ônibus e 6.41% pedem a construção de ciclovias.

De acordo com o pró-reitor Marcio Baptista, a comunidade universitária “tem sofrido muito com o trânsito crescente dentro do campus. São cerca de 35 mil veículos que passam pelo local todos os dias e uma média de 60 mil pessoas”. Para tentar melhorar a situação, o pró-reitor diz que têm sido pensadas maneiras de incrementar o serviço dos ônibus internos, além de gestões junto à BHTrans no sentido de melhorar o acesso ao campus; elaboração de projeto de ciclovias e bicicletários e o investimento em sistema de transporte elétrico.

Quatro alternativas
As quatro pessoas saíram da Praça da Estação pouco depois das 8h. Ex-aluno da Escola de Belas-Artes, José Álvaro Teixeira fez o percurso a pé e chegou ao ponto final do percurso em 1h17. Ele é defensor do deslocamento a pé e de bicicleta, porém frisou que o fato de as ruas serem pensadas só para os automóveis e a má educação dos condutores dificultam a utilização desses meios.

“Uma das maiores dificuldades é o mau costume dos motoristas de não darem seta. Mas com calma e atravessando na faixa de pedestres, tudo dá certo”, salienta. Ele também aponta que falta mais segurança e limpeza das calçadas. “Essas medidas são necessárias porque é preciso ter prazer na caminhada. Com lixo e buracos fica chato”, frisou.

Maria Aparecida Costa de Oliveira, aluna do curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas da UFMG, gastou 35 minutos vindo de bicicleta. Ela deixou claro que sua vontade seria vir todos os dias para a UFMG utilizando esse meio de transporte. “Já vim muito de bicicleta para o campus, mas o trânsito ficou pesado e tenho preferido evitar. Mas, quando estou no transporte coletivo fico triste porque penso que se estivesse de bicicleta eu já teria chegado”, disse. Além disso, ela acredita que enquanto pedala está melhorando seu condicionamento físico e evitando doenças psicológicas e físicas que, para ela, são provocadas pelo trânsito caótico.

No percurso realizado para a ação do Dia Mundial sem Carro, ela diz que o único problema é ter que passar pela passarela do metrô, com “bicicleta no lombo”. “Usei a passarela porque não quis atravessar o viaduto da Lagoinha por ser perigoso”, afirmou.

O primeiro a chegar ao campus, em frente à reitoria da Universidade, local em que foi criada praça de convivência para receber a comunidade acadêmica, foi o professor do Departamento de Comunicação Social Delfim Afonso Jr. O professor, que utilizou o ônibus, chegou ao campus em 13 minutos. Segundo ele, o trânsito tem sido tranqüilo do centro ao campus. “Estou na direção contrária ao intenso fluxo de trânsito, que é aquele que parte de Venda Nova e Pampulha em direção à região central”.

Para ele, o ônibus é o melhor transporte porque não demanda a atenção do passageiro às condições do trânsito, como é o caso dos motoristas de carro. “É ruim já começar o dia enfrentando trânsito pesado, cheio de manobras e tensões. Não vale a pena”, destacou. Embora satisfeito com o transporte coletivo, Delfim levanta o problema das linhas de ônibus que operam com excesso de lotação e que, muitas vezes, não param nos pontos por conta disso, gerando o atraso daqueles que dependem de seus serviços. “Eu tenho a vantagem de poder escolher linhas alternativas, mas nem todos podem”, aponta.

Com deslocamento feito em 28 minutos, Marcos Vinícius dos Santos, jornalista da Faculdade de Medicina da UFMG, veio de carona para chegar ao campus. Ele não registrou problemas de trânsito até a universidade. “Acho o carro mais confortável, mas existe o problema de encontrar lugar para estacionar”, diz. Sobre preferir um meio de transporte em detrimento dos demais, Marcos disse que depende do trajeto a ser feito. “Quando o caminho é mais curto eu costumo ir a pé. Nos mais longos, caminhar é complicado porque você precisa chegar apresentável, então lanço mão dos demais. Geralmente, uso o táxi”, explicou.

Redação: Assessoria de Imprensa Cedecom/UFMG
Foto: Foca Lisboa

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