Continuam abertas as inscrições para seleção de voluntários para participarem da última etapa de testagem em humanos da Coronavac, substância candidata a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
A pesquisa é coordenada em todo o Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e em Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais é desenvolvida pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos (CPDF), do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.
Segundo Ângela Serufo, que integra a equipe de coordenação da pesquisa, ainda restam mais de 400 vagas. O motivo disso é que um grande número de profissionais de saúde que atuam no atendimento de pessoas com covid-19 já tomaram alguma vacina nos últimos 28 dias, por exemplo, contra gripe ou contra pneumococos.
Podem participar médicos, enfermeiros e paramédicos que atuem diretamente no atendimento de pacientes infectados pelo vírus e que também precisam cumprir todos os seguintes critérios:
• idade entre 18 e 59 anos;
• não ter sido contaminado pelo novo coronavírus;
• não participar de outros experimentos;
• ausência de gravidez;
• não ter intenção de engravidar nos próximos meses;
• não apresentar doenças crônicas;
• não fazer uso de medicamentos contínuos;
• ter registro ativo no conselho profissional de seu ofício;
• não ter tomado vacina nos últimos 28 dias.
Caso preencha todos esses critérios, o voluntário deve entrar em contato com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos pelo telefone (31) 97171 2657, e-mail <profiscovbh@gmail.com> ou pelo site . As inscrições continuam abertas por tempo indeterminado, até serem selecionados todos os 800 voluntários mineiros. A candidata a vacina chinesa será testada em nove mil brasileiros.
Segundo o coordenador dos testes em Minas, professor Mauro Martins Teixeira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB, ainda não é possível apresentar qualquer informação preliminar, uma vez que elas são processadas e analisadas pelo Instituto Butantan, e que, por enquanto, ainda não houve tempo hábil para ter um volume de dados que permita compilar os dados significativos.
O professor destaca, no entanto, que a expectativa de que a substância seja aprovada como vacina é grande devido ao fato de a proposta de vacina chinesa usar tecnologia já conhecida e de eficácia já bastante comprovada para outras doenças, como a gripe comum, hepatite A e B, pneumonias e outras.