O Centro de Memória da Veterinária conversou com o técnico administrativo, Dário Dias, para conhecer sua história de mais de 45 anos na instituição.
Dário Dias nasceu no dia 04 de fevereiro de 1951, em Belo Horizonte. Obteve seu primeiro emprego aqui, na Escola de Veterinária, em 09 de abril de 1974, apenas 3 meses depois que a Escola veio da Gameleira para o Campus Pampulha. Na época, a admissão se dava por indicação, neste sentido, seu pai, funcionário da Escola como enfermeiro da área de equinos, o apontou para o serviço.
Ao longo dos mais de 45 anos de trabalho na Escola, Dário exerceu diversas funções. Começou seu trabalho como agente de portaria, depois foi designado para o Laboratório de Histopatologia, setor de Patologia. Em seguida, foi para a Terapêutica onde trabalhou com o professor Roberto Pessoa, bioquímico, e com o Médico Veterinário José Pessoa. Depois, foi deslocado para o setor de Reprodução, onde está atualmente.

Foto: Cememor
Observador, Dário relata as modificações no perfil dos estudantes de Medicina Veterinária. Ele salienta que os perfis mudavam a cada década, contudo, nos últimos anos, a dinamicidade pode ser observada a cada cinco anos. Além disso, ele ressalta que, nos primeiros anos em que trabalhou na Escola, o curso era mais voltado para equinocultura, e, hoje, é mais voltado para a área de animais de estimação. Outra mudança apontada foi o crescimento do número mulheres em relação ao final do Século XX.
Questionado sobre as diversas mudanças ocorridas no que diz respeito ao aperfeiçoamento das técnicas utilizadas, Dário é positivo, “A tecnologia trouxe muitos aspectos positivos. Vieram os técnicos formados, como bioquímico e biólogo para nos auxiliar, por exemplo, em alguma solução química. Não que fizéssemos de maneira errada, mas nós as fazíamos correndo riscos. A tecnologia é sensacional!”.
Ao citar o nome de diversos amigos com os quais conviveu na Escola, Dário, emocionado, relata a saudade: “Alguns se aposentaram, outros morreram. Sylvio Miguel, por exemplo já se aposentou. Ele foi meu mestre, me ensinou muito, principalmente sobre Patologia. É muito emocionante. A Escola de Veterinária quando veio da Gameleira para cá, trouxe um calor humano. Éramos um grupo, porém, atualmente está mais complicado manter laços de amizades tão fortes, pois a população da Escola cresceu muito”.

Foto: Cememor
Dário acentua a longa vivência na unidade: “São muitas histórias na Escola. O pessoal fala que eu tinha que escrever um livro. Imagine conhecer a atual diretora, a Zélia, e o ex diretor quando eles eram alunos”.O carinho de Dário pela instituição é nítido: “Minha relação com a Escola de Veterinária é muito boa. Ela é uma mãe”.

Prof Sylvio Miguel e o servidor Dário
Foto: Cememor
Redação: Centro de Memória da Veterinária UFMG