O caminhão-museu Sentimentos da Terra foi inaugurado na Praça da Reitoria (campus Pampulha) no dia 14 de março. Ele permanece na UFMG até o próximo dia 27 de março.Em abril, segue em turnê pelo país, quando então visitará cidades como Brasília (DF), Jequitibá (MG), Limeira (SP), Poços de Caldas (MG) e Pouso Alegre (MG).
Na ocasião, a professora Heloisa Starling, idealizadora do projeto, agradeceu a generosidade dos artistas – Caio Blat, Chico Buarque, Dira Paes, Gilberto Gil, José Wilker, Letícia Sabatella, Marcos Palmeira, Maria Bethânia, Regina Casé, Vera Holtz e Wagner Moura – que emprestaram seu talento ao projeto, fazendo a narração dos 11 videodocumentários que compõem o acervo do caminhão.
Heloisa também destacou a importância da iniciativa. “A ideia deste caminhão-museu é recuperar a memória das lutas e da vida de uma parte da população brasileira que sempre esteve excluída da República. Essa recuperação é essencial para a consolidação da nossa experiência democrática”, disse.
O reitor Clélio Campolina também enfatizou o caráter de resgate histórico do projeto. “É um museu que resgata um pouco da nossa história de vida agrária. Um pouco das lutas, dos desafios, e colabora para a construção de um país mais igualitário e justo”, afirmou.
Entre as autoridades que participaram da solenidade estavam o diretor do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Roberto Nascimento, e o chefe de Gabinete do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Gerson Luis Ben, representando o Ministro Pepe Vargas.
“Se o homem é filho do seu tempo, as máquinas que ele produz também são filhas de seu tempo. Esse caminhão é um exemplo disso, percorrendo o Brasil não para levar mercadorias, mas para levar a história do povo brasileiro por todo o território nacional, com tecnologias avançadas que vão permitir que um maior número de pessoas, tanto na cidade quanto no campo, tenham acesso à história das lutas pela terra, o ‘sentimento da terra’ que existe na história do nosso país”, destacou Nascimento.
Sobre o projeto
O caminhão-museu Sentimentos da Terra foi desenvolvido por meio de uma parceria entre a UFMG (por meio do Projeto República: núcleo de pesquisa, documentação e memória, coordenado pela professora Heloisa Starling) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (por meio do Nead). A curadoria é do arquiteto, artista gráfico e cenógrafo Gringo Cardia.
O museu conta com uma série de atrações, como biblioteca especializada, exposição interativa e contação de histórias, além de videodocumentários. O objetivo é promover, por meio da consciência e do conhecimento crítico, os ideais de justiça e respeito aos direitos da gente do campo e o fim da violência na luta pela terra no Brasil. A proposta é reunir o rigor historiográfico com uma linguagem artística acessível a um público diversificado, em metrópoles e pequenas cidades, assentamentos e reservas indígenas.
Caminhão-museu Sentimentos da Terra
Data: até 27 de março (Segunda a sexta, de 11 às 14h e de 17h às 21h)
Local: Praça da Reitoria (campus Pampulha)
Entrada: Gratuita (Visitas de grupos devem ser agendadas pelo e-mail sentimentosdaterra@gmail.com)
Redação: Com Assessoria de Imprensa da UFMG