Projeto Unileite fecha mais um ciclo em Sete Lagoas

O Projeto de Controle de Mastite e Melhoria da Qualidade de Leite (Unileite) da Escola de Veterinária da UFMG fechou mais um ciclo, na Granja da Itambé, em Sete Lagoas, com o IX Dia de Campo Unileite. O evento, que ocorreu no último sábado, 8 de junho, contou com a presença dos produtores da região, ordenadores, palestrantes das companhias parceiras, alunos e professores da Escola.
O dia de campo foi organizado em cinco palestras, sendo uma de abertura e quatro em diferentes estações. Representantes da DeLaval, Itambé e MSD Saúde Animal trouxeram informações sobre terapêutica do controle e tratamento das mastites bovinas, boas práticas na fazenda e tópicos fundamentais para o controle da Contagem de Células Somáticas (CCS).

O evento realizou premiações para o melhor ordenhador do ciclo e melhor equipe de ordenho. Oenis Divino da Rocha, funcionário da Fazenda Baião, recebeu o prêmio de melhor ordenhador do ciclo. "O projeto foi muito bem aceito na fazenda em que trabalho. Os meninos entraram e mudaram tudo pra melhor", afirma. O prêmio de melhor equipe de ordenho foi para a Fazenda Barrinha.

''Pensar grande, começar pequeno e andar depressa"

O Unileite luta há 10 anos para que o desafio de produzir leite de qualidade seja cumprido diariamente, para isso os alunos que trabalham no projeto ensinam aos ordenhadores a melhor forma de manejo, no intuito de abaixar a Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Unidade Formadora de Colônia (UFC). O coordenador do projeto, Lívio Molina, entende que o principal objetivo traçado pela equipe há 10 anos é o mesmo de hoje. "A mastite deve ser controlada diariamente e não se pode descuidar nenhum minuto", pontua.

"Pensar grande, começar pequeno e andar depressa" é o que o Unileite tem ensinado aos produtores. O produtor pode pensar grande em sua produção anual de leite, começar pequeno com o programa de sete pontos e andar depressa com o auxílio do projeto.

Equipe Unileite

Valorizando o trabalho em equipe, o projeto conta com dois coordenadores de equipe, quatro duplas e quatro trainees, que ao longo do tempo ganham novas funções e mudam de cargo. A coordenadora de equipe e aluna do 9° período, Camila Lage, acredita que o projeto, além de agregar conhecimento técnico, coloca o aluno em contato com o mercado de trabalho antes de se formar. "Mastite é o tema geral em que obtemos maior conhecimento. Mas, além disso, aprendemos a lidar com os produtores e ordenhadores", explica.

Além disso, os alunos têm suas responsabilidades nas organizações dos eventos e das viagens. "A metodologia de trabalho que aprendemos pode ser implantada em qualquer área", afirma Victor Malacco, coordenador de equipe e aluno do 10° período.