O projeto Agha, coordenado pelos professores Rafael Faleiros, Luiz Alberto do Lago e Júlio Cambraia, retomou as atividades nesse semestre. A ação, que anteriormente era uma atividade de extensão, é agora integrada à disciplina Aulas Práticas Integradas de Campo (Apic), do 7º período do curso de Medicina Veterinária. Dessa forma, o Agha propciou a integração da extensão, ensino e pesquisa. “É um projeto pioneiro na UFMG que efetivamente faz uma justificativa social da instituição, levando para a sociedade ações de extensão que trazem benefícios”, comenta Luiz Alberto do Lago.
Lago ressalta a contribuição do Agha para a formação dos alunos participantes. “É um ganho inestimável, pois possibilita que os alunos tenham uma noção clara da vida profissional. Além disso, ajuda a desenvolver uma consciência crítica sobre problemas da sociedade”. O retorno dos alunos é positivo, sendo que o interesse de participação é maior do que o projeto consegue absorver.
Com a integração do projeto de extensão com a disciplina Apic, mais alunos puderam participar. Isso possibilitou um aproveitamento maior por parte dos alunos no que diz respeito ao aproveitamento de créditos e ganho curricular. A mudança também gerou ampliação no atendimento nos municípios, já que se expandiu o número de alunos participantes.
O projeto Agha
O projeto, que tem como objetivo a busca pela harmonia e bem-estar de animais e do homem, realiza atendimento gratuito a cães e gatos em municípios mineiros. “Nosso objetivo é disponibilizar o trabalho para a população das cidades. A preocupação principal é promover ações de forma integrada e que contribuam para a convivência harmônica entre homem e animal”, diz Lago.
Um diferencial do Agha é que ele não seleciona quais animais serão atendidos nos eventos clínicos, que são eventos de cadastramento e triagem. “Todos os animais que comparecem ao local são atendidos, independente da classe financeira de seus proprietários”, explica o coordenador. Uma vez atendidos na triagem, é feita uma avaliação que seleciona quais são os aptos para a cirurgia de castração, realizada posteriormente.
Ações em Jaboticatubas
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Nesse semestre, as ações do projeto estão acontecendo no munícipio de Jaboticatubas. A primeira delas ocorreu no dia 27 de setembro. Participaram os professores Luiz Alberto do Lago, Rubens Carneiro, Adriane Pimenta da Costa Val e Júlio Cambraia, além de alunos regularmente matriculados na disciplina Apic, residentes e alunos voluntários. Foi uma atividade clínica em que foram atendidos 120 cães e gatos. Durante o atendimento foram feitas triagem clínica, exames para diagnosticar doenças como leishmaniose e lectospirose, risco cirúrgico, hemograma, entre outros mapeamentos. Os exames servem para identificar quais são os animais aptos a realizar a cirurgia de castração, que será realizada no dia 18 de outubro.
Durante a atividade de castração, participarão alunos regularmente matriculados na disciplina Apic, outros alunos voluntários, alunos da residência, além de cirurgiões veterinários convidados. Os professores Luiz Alberto Lago, Rafael Faleiros, Christina Malm, Suzane Bayer, Patrícia Coletto, Eliane Gonçalves de Melo, Gilcinéa Santana e Júlio Cambraia também estarão presentes.
Após a atividade de castração, as ações no município de Jaboticatubas serão finalizadas no fim de novembro com um terceiro evento. Nele, haverá palestras educativas e serão apresentados os resultados do projeto para as autoridades municipais.
O coordenador destaca, ainda, que o Agha tem recebido retorno positivo dos profissionais veterinários do município devido à conscientização por ele promovida. “A conscientização da necessidade de preconizar o bem-estar humano e do animal faz com que cresça o cuidado dos donos em relação aos animais de estimação”. Isso gera busca por assistência veterinária, aumenta a preocupação com alimentação, vacinação e manejo dos animais.
