Universidade Federal de Minas Gerais

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Notícia

Projeto Agha encerra sua atividades em Juatuba

“Esta talvez seja a etapa mais importante do projeto por ser uma etapa educativa”, afirmou o professor Rafael Faleiros, do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias e um dos coordenadores do projeto "Ações integradas direcionadas ao estudo e ao estímulo da convivência harmônica e saudável entre o homem e seus animais de companhia" (Agha). Ele se refere à terceira e última etapa do projeto que foi realizada no município de Juatuba no dia 5 de setembro.

Nesta visita, que contou com dois professores e oito alunos, foram realizadas palestras educativas na Escola Estadual Joaquim Correia para alunos de ensino fundamental e médio. As palestras trataram de zoonoses, posse responsável e cuidados básicos dos animais de estimação. “Primeiro tentamos entender o nível de conhecimento da população e realizamos consultas clínicas. Depois realizamos as castrações para incentivar a população a adotar a cirurgia. E agora trazemos as palestras para sanar as dúvidas mais frequentes que detectamos através de questionários aplicados na primeira visita”, explica o professor Rafael.

Ele avalia que de forma geral os alunos corresponderam na maior parte do tempo às palestras. “Prestaram atenção, fizeram perguntas interessantes e interagiram bem com os palestrantes, que são os estudantes de graduação”. Rafael também acredita que oferecer um conhecimento de qualidade seja a forma mais efetiva de mudar uma determinada realidade. “É importante oferecer uma opção de escolha para as pessoas. Talvez as pessoas da comunidade não tratem os animais de forma adequada por falta de conhecimento sobre como fazer isso”.

Também coordenadora do projeto, a professora Danielle Ferreira do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, explica que esta escola foi escolhida por ter cerca de 800 alunos e ser aberta a todos os trabalhos que a prefeitura realiza. “Além disso, esta escola será uma multiplicadora de informação para outros lugares. O material educativo foi deixado na cidade e um veterinário da prefeitura vai reproduzir essas palestras em outras escolas”, afirma Danielle.

A visita também contou com apresentação de dois cães do Agility, um esporte praticado em duplas formado pelos condutores e seus cães. As manobras animaram os jovens e arrancaram aplausos. “Esta atividade lúdica reforçou a ideia de que é possível a relação harmônica entre homem e animal. Cães saudáveis fisicamente e também em seu comportamento, que atendem aos comandos sem necessidade de violência”, explicou a professora.

Como ponto a melhorar, Danielle destaca a necessidade da participação de mais professores. “Principalmente do meu departamento já que fui a única envolvida. Também devemos tentar trazer outros assuntos que não foram discutidos e ampliar a noção de convivência harmônica com outros animais que não somente o cão e o gato. É uma forma de colocar em prática o que eles aprendem em sala de aula”, acrescenta.

O aluno Sandro Coelho, do 10º período, concorda. “No projeto eu pude praticar a questão do exame clínico e algumas técnicas cirúrgicas. Além de poder prestar um serviço de qualidade a uma população carente”.

Também do 10º período, a aluna Vanessa Stuart afirma que as palestras são importantes para conscientizar a população a manter o trabalho de castração que foi realizado. “Foi muito difícil atrair a atenção dos alunos no início, mas acho que depois eles participaram bastante”.

Sara Clemente, do 7º período, acredita que a experiência é importante para sua formação profissional. “A parte de saúde pública provavelmente será minha área de atuação futuramente. Então, é muito bom vivenciar este tipo de projeto e entrar em contato com um público que a princípio achamos que não vai se envolver muito”, conta referindo-se aos alunos da escola pública. Segundo ela, é importante atingir este pessoal que se torna um transmissor da informação. “Tenho quase certeza que tudo o que eles aprenderam aqui hoje será transmitido para seus familiares e amigos. Assim, acabamos atingindo um número muito maior de pessoas”.

Por ter sido uma atividade pioneira e Juatuba ter sido a primeira cidade visitada, a professora Danielle Ferreira avalia que o saldo é extremamente positivo. “Tivemos algumas dificuldades, mas no geral contamos com o apoio de várias pessoas tanto da comunidade quanto da universidade. E nossas atividades já estão repercutindo em outros municípios que se interessaram em levar nossas atividades até lá”, conta. O próximo trabalho do Agha será realizado em Lagoa Santa e deve começar neste semestre.

 

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