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Notícia

Professora faz pesquisa de pós-doutorado no Colorado

A professora Renata de Pino Albuquerque Maranhão, do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias, esteve recentemente na Colorado State University, nos Estados Unidos para fazer seu pós-doutorado. A pesquisa desenvolvida lá foi relacionada à ortopedia equina, focada no cultivo de células de tendão, uma área não tão forte no Brasil, mas que tem nos Estados Unidos seu lugar de maior tradição, com mais de 30 anos de pesquisa.
 
Renata disse que o interesse pelo pós-doutorado, apesar de antigo, cresceu recentemente, após uma maior estabilidade na área acadêmica. Segundo ela, o pesquisador que deseja conseguir uma bolsa, deve começar a pensar nisso dois anos antes para realizar o projeto a tempo. “Você tem que estabelecer um plano com uns dois anos de antecedência. É importante fazer contato com o lugar que você quer ir, com o grupo de pesquisa de lá, e ao mesmo tempo já trabalhar em um projeto, pensar o que fazer quando chegar lá. Com isso, você vai ter o projeto em mãos para enviar para alguma agência de fomento”. 
Ainda assim, o plano de trabalho se alterou um pouco quando ela chegou em Fort Collins, Colorado, devido aos interesses dos pesquisadores de lá. Entretanto, Renata comemora ter atingido seu objetivo de ter um treinamento técnico dentro do laboratório, área da qual ela se via afastada por conta da carreira no ensino.
 
Questionada sobre a aplicação do que aprendeu, Renata explica que “queria ser capaz de isolar as células do animal e cultiva-las para observar suas características. Meu objetivo era saber o que funciona e o que não funciona, sem usar o animal vivo – que é uma coisa que se preocupa cada vez mais. O cultivo celular é a primeira etapa da descoberta de tratamentos. Além disso, é uma ponte para as terapias biológicas que estão surgindo com células tronco, uso de plaqueta, etc.”. A professora também diz que é necessária uma abordagem mais racional no campo da ciência, de forma a adiar o máximo o contato do animal com novos tratamentos. 
 
Renata ficou no Colorado por um ano e seu pós-doutorado foi financiado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). “A maturidade na área de pesquisa foi a maior bagagem ganha com essa experiência. Pude vivenciar um ambiente com um laboratório completo e estar cercada de pesquisadoras que sempre li”, afirma.
 
Do ponto de vista cultural, ela diz ter vistos muitas diferenças. “A cidadania deles é muito grande, pelo menos na cidade de Fort Collins que tem só 150 mil habitantes. Além disso as pessoas tinham muita paciência escutar um estrangeiro, de ajudar, o que foi até uma certa surpresa”, ela ressalta.
 
Por fim, a professora recomenda a experiência não só para outros professores, mas também para alunos que possam realizar um intercâmbio. “Acho que não só professores, mas também alunos que tiverem a oportunidade devem sair porque além da questão técnica, é uma experiência de vida, então qualquer momento é momento. Ainda que seja apenas 1 ano vale muito a pena, e essa experiência não acaba quando você volta. Tem pessoas lá que eu posso fazer trabalhos em conjunto e a gente tem portas abertas, em nome da instituição, lá na Universidade do Colorado. Acho que é gratificante ver que a gente tem lá parceiros que mesmo tendo mais experiência que nós, estão dispostos a ajudar, e isso para a UFMG é um ganho muito grande”, ela conclui.
 

 

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