O professor Renato de Lima Santos, responsável pelo Laboratório de Patologia Molecular da Escola de Veterinária da UFMG, está entre os 100 mil cientistas mais influentes do mundo, segundo levantamento que utilizou dados da base Scopus e considera citações de trabalhos científicos ao longo da carreira. Seiscentos pesquisadores de instituições brasileiras integram a lista global, 47 deles de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais e 28 da Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais .
Quando são consideradas apenas as citações de 2019, a UFMG tem 39 pesquisadores entre os 100 mil mais influentes.
Assinado por John P.A. Ionnidis, da Universidade Stanford (EUA), Kevin W. Boyack, da SciTech Strategies, Inc. (EUA), e Jeroen Baas, da Elsevier (Holanda), o trabalho foi publicado na segunda-feira, 16 de novembro, no periódico Plos Biology.
Graduado em medicina veterinária pela Escola, Renato e sua equipe do laboratório desenvolve pesquisas sobre doenças infecciosas e zoonóticas, doenças que são transmitidas de animais para seres humanos. Um dos projetos que a equipe tem desenvolvido desde 2018 é uma pesquisa em torno da brucelose, uma doença transmitida de bovinos para seres humanos por meio da ingestão de alimentos contaminados, principalmente produtos lácteos.
O professor acredita que a Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais é parte significante de sua conquista, ele diz “eu só consigo desenvolver pesquisa devido a Universidade, o investimento material e incentivo dado a nós pesquisadores. E não sou responsável individualmente por este mérito, toda pesquisa envolve o esforço de professores, alunos e parceiros que atuam diretamente para o sucesso, um trabalho coletivo”.
Renato aponta alguns parceiros que contribuíram diretamente para sua conquista, L. Garry Adams (Texas A&M University), professor orientador de Renato durante o doutorado, Renee M. Tsolis e Andreas J. Baumler (University of California at Davis),
Sebastian E. Winter (UT Southwestern) e Tatiane Paixão, egressa do programa de pós-graduação da Escola de Veterinária e professora do ICB-UFMG.
O professor acredita na importância da Escola de Veterinária para o desenvolvimento sustentável e bem estar social, ele diz: “é muito evidente a importância do trabalho de pesquisa científica, principalmente neste período que estamos enfrentando, porque as vacinas que estão surgindo agora, em resposta à pandemia, surgiram em períodos muito curto de tempo, isso só é possível com competência que foi acumulada ao longo dos anos. Não tem como pesar desenvolvimento sustentável e bem estar social sem uma pesquisa científica razoavelmente robusta, e aí que a Escola de veterinária tem um papel central, é uma instituição muito antiga e consolidada que tem uma contribuição científica de extrema importância”.
Um fato interessante apontado pelo professor é que uma ex-aluna da Escola de Veterinária, Mariana Xavier Byndloss, atualmente professora na Vanderbilt University, também aparece na lista de 2019. Esse fato destaca a visão de Renato “estamos visualizando o resultado do esforço que fizemos ao longo dos anos, de atuar tanto na área de pesquisa básica, quanto na área de pesquisa aplicada, e ao fazer isso buscar parcerias que são de extrema importância para o desenvolvimento dos trabalhos. Sozinho, isolado na Escola de Veterinária seria difícil obter todos os resultados e avanços que conseguimos”.