Universidade Federal de Minas Gerais

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Notícia

Preservação dos peixes migradores é celebrada em maio

No dia 24 de maio é celebrado o Dia Mundial dos Peixes Migradores. Este dia serve para aumentar a conscientização acerca da importância de rios não barrados e dos peixes migradores que deles dependem. 
 
Peixes migradores são aqueles que vivem em rios e que precisam realizar movimentos migratórios para completar seu ciclo reprodutivo. Como exemplos brasileiros, temos o Pintado, o Jaú, a Piraíba, o Dourado, o Curimba, a Matrinxã, Piaus, Piracanjuba, entre outros. 
 
Uma série de fatores naturais estimula o processo de migração reprodutiva, como aumento da temperatura da água, aumento do fotoperíodo, as chuvas e o consequente aumento do nível dos rios. Segundo o professor Ronald Kennedy Luz, do Departamento de Zootecnia da Escola, “esta fase do ciclo de vida é fundamental para a perpetuação da espécie na natureza, para a manutenção dos estoques naturais e para manter a variabilidade genética”.
 
Estes peixes apresentam importância social, econômica e ambiental. Eles tem sido fonte de renda e alimento para muitas pessoas que vivem a beira dos rios e pescadores que fazem desta atividade um meio de sustento. Contudo, a necessidade de energia para atender a crescente demanda causada pelo aumento da população vem contribuindo para alterações do ambiente natural dos peixes. As construções de barragens para geração de energia, por exemplo, afetam diretamente o sucesso do processo migratório que culminaria com a reprodução dessas espécies. “A partir do momento que um determinado curso de água (rio) é barrado, os peixes ficam impossibilitados de realizarem sua migração. Isso tem afetado de forma significativa os estoques naturais.” explica Ronald.
 
Risco de extinção
 
O Piracanjuba é um exemplo que corre risco de extinção. A construção de barragens, a fragmentação das trilhas de desova, a fragmentação do habitat, a destruição das matas ciliares e a pesca intensiva são as principais causas da ameaça . Medidas têm sido tomadas na tentativa de minimizar o problema, como a construção de mecanismos de transposição. Estes mecanismos são uma forma de transpor os peixes de jusante para montante da barragem e podem ser de vários tipos, como escadas, eclusas ou elevadores. Além disso, são criadas estações de produção de juvenis para repovoamento. Porém, tem se discutido a real eficiência destas alternativas. 
 
“É importante buscar um equilíbrio entre o a ambiente e sua utilização para atender a crescente demanda por alimentos e energia, pois caso contrário cadeias ecológicas serão quebradas no ambiente natural. Desta forma, o esforço de todos deve ser realizado para se evitar a perda deste rico patrimônio natural que o país apresenta”, ressalta Ronald. 
 

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