Brincadeira do título à parte, é de se notar o aumento já a algum tempo do interesse de jovens e adultos na adoção do hábito de cuidar e compartilhar plantas de pequeno e médio porte para apartamentos, como as suculentas e as samambaias. Durante o isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19 esse interesse parece ter aumentado, inclusive na comunidade universitária da Escola de Veterinária.
Por iniciativa das alunas Camila Costa e Karina Abreu, do oitavo e do nono semestre, respectivamente, do curso de Veterinária, foi criado um grupo no WhatsApp para facilitar a troca de mudas de plantas entre os interessados – professores, alunos e técnicos – conciliando quem tem mudas a oferecer e quem tem interesse por elas. Camila conta que o grupo criado nesta sexta, dia 19 de junho, já tem 25 participantes e contando.
Quanto à dinâmica da troca, Camila relatou que ainda não havia pensado sobre o assunto, mas imagina que as trocas podem ser feitas sem contato direto entre os membros para que não haja riscos de contaminação pelo novo coronavírus. “Uma das meninas do grupo é minha vizinha, então geralmente eu deixo na porta da casa dela e ligo pra ela” conta.
Fotos cedidas pelo grupo
Entre as fotos do grupo, as plantas mais presentes são as suculentas, de talos e folhas grossas e capazes de armazenar água por muito tempo, dentre elas a famosa Babosa, ou aloe-vera. Além delas há também hortaliças, cactos e aromáticas – como a cânfora – entre as oferecidas e desejadas pelo grupo.
Camila considera que a relação com as plantinhas é parecida com o carinho por animais, mas que o interesse em jardinagem é acessível a qualquer um: “não precisa ser da Veterinária ou da Aquacultura” ela diz “mas claro que um pet precisa de mais cuidado”. Para Karina as habilidades manuais desenvolvidas ao longo do curso ajudam no manejo das plantinhas, mas “a quarentena e o tempo livre pra aprender a lidar com elas foi mais importante, mas de fato o olhar é diferente né?” finaliza.