Casos suspeitos ou confirmados de uma rara infecção conhecida como “varíola dos macacos”, que ocorre principalmente na África Ocidental e Central, foram recentemente reportados por países da Europa e América do Norte, colocando em alerta autoridades de saúde do mundo todo.
Ainda não há registros no Brasil, mas o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, por meio de sua RedeVírus, reuniu especialistas no assunto e instituiu, emergencialmente, uma câmara técnica denominada CâmaraPox MCTI, para acompanhar a evolução da literatura dos casos.
A CâmaraPox MCTI inclui as cientistas Giliane de Souza Trindade e Erna Geessien Kroon, do maior laboratório de poxvirus da América Latina, o Laboratório de Vírus do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. Professoras do Departamento de Microbiologia, as biólogas integram a equipe de pesquisa em ecologia de viroses emergentes e têm pesquisado biologia de poxvírus há vários anos.
Causada pelo Monkeypox vírus, muito parecido com o da varíola humana, a doença tem sintomas como febre, dores de cabeça e no corpo, além de fadiga, lesões cutâneas e inflamação de linfonodos. Ela pode ser transmitida por contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele, além de fluídos corporais e objetos contaminados. Não há tratamento específico para a varíola dos macacos e a recomendação é para isolamento de pessoas infectadas para evitar a transmissão. As medidas preventivas incluem evitar o contato com animais infectados e higiene frequente das mãos.
Redação: Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG