O professor Renato Saccheto, do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias, recebeu recentemente uma carta patente em função de seu trabalho de tese de doutorado. As pesquisas se basearam no desenvolvimento de um dispositivo que antecipa o diagnóstico de uma doença articular chamada displasia coxofemoral.
Denominado de “Dispositivo distrator das articulações coxofemorais para auxílio ao exame radiográfico”, o equipamento é adaptado à mesa de radiografia e, após o cachorro estar posicionado para o exame, o aparelho observa a intensidade da frouxidão articular dos membros posteriores do animal.
A displasia coxofemoral é uma doença genética, que normalmente é observada apenas no segundo ano de vida do animal. “Minha maior preocupação era relacionada à idade com que o exame era feito. Por ser tardio, sempre resultou em muitos prejuízos. Era necessário um equipamento que mostrasse o grau de frouxidão articular com mais precocidade”, afirma o professor Renato.
Por ser uma doença de origem genética, não possui cura. No entanto, com o diagnóstico rápido, o animal pode receber os cuidados de forma diferenciada, de maneira a diminuir a dor e o sofrimento pelos quais ele pode passar. Com o estágio avançado da patologia, o cachorro pode perder a capacidade de andar e, em casos extremos, o mais indicado é o sacrifício.
A solicitação da patente aconteceu em 2003, mas apenas no início deste ano ela foi concedida. O dispositivo já é utilizado no setor de radiologia do Hospital Veterinário. “Ainda temos a intenção de usar o equipamento em felinos, já que a doença também acomete os gatos”, conclui o professor.