Com a intenção de preparar novos profissionais para atuar na área de Defesa Sanitária Animal, a Escola de Veterinária da UFMG prepara seu primeiro mestrado profissional. Voltado para o mercado de trabalho, o curso abre uma possibilidade para aqueles que desejam adquirir conhecimentos mais específicos sobre a área, mas não pretendem seguir carreira acadêmica.
Em parceria com o Ministério da Agricultura e com o Centro de Saúde Pública Veterinária, ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), a Escola de Veterinária pretende capacitar médicos-veterinários para trabalharem tanto com o controle e erradicação de doenças animais quanto com a vigilância das condições sanitárias de rebanhos.
O mestrado profissional em Ciência Animal, focado na área de Defesa Sanitária, tem o objetivo de formar profissionais para atuar no setor do agronegócio brasileiro, num contexto de globalização. De acordo com um dos coordenadores do projeto, o professor João Paulo Haddad, “o bom andamento deste setor da economia depende da manutenção de animais saudáveis. A formação de profissionais nesta área é importante para garantir a boa qualidade da produção voltada para o mercado interno e externo. Por este motivo, o Ministério da Agricultura, juntamente com outros órgãos, busca fomentar este tipo de mestrado em todo o país”.
Uma diferença entre o mestrado acadêmico e o profissional diz respeito às disciplinas a serem cursadas. Enquanto no acadêmico elas são personalizadas, variando de acordo com o projeto, o professor orientador e o perfil do mestrando, no mestrado profissional elas são em grande parte predefinidas de acordo com o perfil de profissional que se espera formar.
No caso do novo curso, a principal área a ser estudada é a epidemiologia. Os mestrandos também terão contato com a bioestatística ligada às doenças animais e com geoprocessamento e análise espacial. “É importante conhecer o espaço onde os animais estão para saber como as doenças se espalham pelo país. Existem diferentes perfis de disseminação destas doenças, seja através do curso de rios ou através do transporte de animais doentes para outras regiões. Por isso, hoje em dia, a análise espacial é uma ferramenta muito utilizada”, explica João Paulo.
Outra característica própria do mestrado profissional é o tipo de atividade final a ser apresentada pelos mestrandos. Além de defenderem uma monografia, poderão também escolher um artigo, uma patente, um processo ou uma revisão de literatura mais aprofundada, por exemplo.
De acordo com o coordenador do curso, a Escola de Veterinária pretende iniciar as turmas em breve. Apesar de ainda não haver previsão exata, a expectativa é de que os primeiros alunos já entrem no segundo semestre de 2011. As entradas serão anuais, com a disponibilização de 20 vagas. Destas vagas, 75% serão voltadas para técnicos de nível superior que trabalham no Ministério da Agricultura e 25% estarão abertas para os demais interessados.
Para mais informações, pode-se consultar o Colegiado de Pós-graduação em Ciência Animal pelo telefone 3409-2057.
