A Escola de Veterinária da UFMG está conduzindo um novo projeto de pesquisa relacionado à criação de gado bovino em confinamento. A atividade é um projeto de mestrado do aluno Henrique Azevedo, que está sendo realizado sob a orientação do professor Fabiano Alvim, do Departamento de Zootecnia (DZOO).
O trabalho tem como objetivo a realização de testes de uma molécula de liberação lenta de uréia, a Optigen, em animais em confinamento. No projeto, os animais receberão variados níveis da molécula, para que posteriormente, o desempenho deles seja estudado. “Estaremos avaliando o consumo e a eficiência alimentar e o ganho de peso. Depois será analisada toda a parte de carcaça do animal, tanto a parte qualitativa e quantitativa, além do rendimento de corte. Também será feita uma avaliação da área de olho de lombo e espessura de gordura”, revela o professor Fabiano Alvim.
O projeto está sendo realizado em parceria com a PUC Betim, que cederá sua fazenda experimental para os confinamentos, e com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), que realizará a parte de carcaça e ultrassom. O trabalho também recebe apoio da empresa privada Altec.
Sobre o Confinamento
A prática do confinamento se divide entre o confinamento de gado para corte ou de gado leiteiro. No primeiro caso, o animal é preso em currais durante o período de 60 até 120 dias e recebe uma dieta específica à base de volumoso e ração concentrada. O objetivo é proporcionar um maior ganho de peso ao animal.
No caso do confinamento de gado leiteiro, o sistema é semelhante ao da bovinocultura de corte, em que o animal também recebe toda a sua dieta no cocho. A diferença é que a estrutura de confinamento é diferente. “No caso de confinamento de vaca de leite, é necessário ser dado um conforto térmico ao animal. Para isso, as estruturas de confinamento devem ser fechadas, com a inclusão de nebulizadores” explica o professor Fabiano Alvim. Além disso, o período de confinamento do gado leiteiro é maior, com a vaca permanecendo presa durante toda a sua fase de lactação.