Universidade Federal de Minas Gerais

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Notícia

Nova área implantada na Escola desperta interesse de alunos e professores

Trabalhar de forma ética e pensar no bem estar animal. Esses são os conceitos da Medicina Veterinária do Coletivo, nova área implantada na Escola de Veterinária da UFMG pelo Instituto Técnico de Educação e Controle Animal (Itec). A parceria surgiu por intermédio da aluna Ana Liz Bastos, doutoranda em Epidemiologia da Escola, que desenvolve a ideia de controle e cuidados dos animais junto ao projeto de extensão Agha – Ação Global Homem Animal.

O Itec é uma organização sem fins lucrativos, formada por veterinários da América Latina. A ong fornece serviços de formação e apoio ao profissional e visa a humanização dos serviços em saúde relacionados ao controle populacional de cães e gatos, controle de zoonoses e ao progresso do bem estar animal nos diferentes setores. Essa forma de trabalhar foi influenciada pela nova área na veterinária: a Medicina Veterinária do Coletivo. “A primeira vez que tivemos curso nessa área no Brasil foi em2009. E a Escola de Veterinária da UFMG já demostra avanços significativos na aplicação desses conceitos”, avalia Ana Liz.

O objetivo da instituição é prevenir o abandono dos animais. Para isso, é necessário educar os guardiões e aprimorar o serviço realizado pelos agentes de zoonoses. “Se os animais são saudáveis, a comunidade que convive no mesmo espaço também será”, ressalta Ana Liz.

Para ela, as cirurgias de castrações são importantes para a saúde dos cães e gatos. Além de diminuir a incidência de zoonoses, reduzem o número de animais abandonados. São justamente esses conceitos que o Projeto Agha desenvolve, para difundir a idéia de guarda responsável e do manejo populacional canino e felino nos municípios. “As zoonoses das prefeituras tem muita verba para a prevenção de doenças como a denguee leishmaniose, mas acham que castrar os animais não é função da secretária da saúde”, lamenta.

Neste mês de novembro, a aluna está ministrando, na Escola, palestras sobre a Medicina Veterinária do Coletivo com o objetivo de promover discussão sobre a importância do profissional que atua nessa área. “Fiquei bastante satisfeita, pois houve uma adesão muito grande dos alunos”, comemora. “A questão do abandono é alarmante e a atuação dos veterinários na causa é fundamental para modificar a situação“, completa.

Ana Liz também conta que a ong tem uma parceria de apoio técnico ao projeto de extensão Agha. ”As orientações são relacionadas às atividades práticas realizadas pelo projeto. A ordem das tarefas consiste em fazer primeiro o contato com os guardiões, analisar o perfil da população, educar sobre os cuidados com os animais, realizarexames clínicos para só depois fazer as esterilizações”, explica.

Conferência

Um dos estudos gerados pelo projeto Agha foi um dos três trabalhos selecionados para ser apresentado na forma oral na III Conferência Internacional Medicina Veterinária do Coletivo e I Simpósio: Proteção Animal e Políticas Públicas. O evento acontecerá de 23 a 25 de novembro, em Curitiba (PR). “A participação do Agha neste evento revela que a UFMG está tornando possível modificar o quadro atual vividopelos animais”, conclui a Ana Liz.
 

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