No Brasil, novo epicentro da pandemia de Covid-19, mais de 90% dos trabalhadores na área da saúde com curso superior são enfermeiras. Na educação básica, 80% dos docentes são mulheres. Ao analisar o fenômeno da feminização do trabalho no contexto da pandemia e no cenário global de busca de vacinas, a professora Marlise Matos, do Departamento de Ciência Política da UFMG, defende que é fundamental garantir uma dimensão feminista e de gênero que coloque as mulheres no centro das decisões de poder para o enfrentamento do novo coronavírus.
“Elas são a linha de frente do combate à Covid-19, o que as expõe a risco e vulnerabilidades”, alerta a professora, que é coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem), em vídeo enviado à TV UFMG.
Em artigo recente, intitulado Pandemia Covid-19 e as mulheres, publicado no boletim Cientistas sociais e o coronavirus, da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), Marlise Matos aborda o papel da mulher nas múltiplas instâncias de poder em meio à pandemia. O documento pode ser acessado neste link. No final do mês passado, a professora discutiu em, artigo publicado no Portal UFMG, os caminhos do feminismo pós-covid-19.