Universidade Federal de Minas Gerais

contrast-40
lupa-40
Notícia

Metodologia Elisa diminui o uso de camundongos em testes

O projeto “Metodologia Elisa” desenvolvido, inicialmente, por uma aluna de mestrado da Escola de Veterinária da UFMG, ganhou parceria com a Fundação Ezequiel Dias e com o Centro de Pesquisas René Rachou e foi classificado entre os cinco primeiros projetos dentre os 25 que participaram do Programa de Incentivo à Inovação.

Basicamente, o “Kit Elisa” é um novo método para testar a potência de vacinas clostridiais (tipo de infecção grave) usadas em bovinos, caprinos e ovinos, para proteção contra um tipo de doença bacteriana. O grande diferencial deste método é ser realizado in vitro.

“A metodologia do Elisa é um processo inédito, mais barato, mais simples, permite uma titulação mais precisa e atende a indústria farmacêutica, bem como os órgãos governamentais que fiscalizam a qualidade das vacinas. Além disso, o teste permite diminuir, consideravelmente, o número de camundongos utilizados para testar as vacinas através do método in vivo, método mais demorado e mais caro”, explica o professor Francisco Carlos Faria Lobato do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da Escola, um dos pesquisadores do Elisa.

O projeto já está na fase final, já existe o protótipo do kit para ser avaliado pela iniciativa privada quanto ao interesse de comercializá-lo ou não. “As vacinas clostridiais seriam as primeiras vacinas a serem testadas in vitro no país”, acrescenta Francisco.

Viabilizar testes de potência in vitro permite que a indústria balize melhor suas vacinas e aumente o rendimento das mesmas, uma vez que antes mesmo da conclusão do processo de produção, os fabricantes terão como avaliar a qualidade das vacinas, corrigir falhas e evitar perdas.

Outro ponto importante é que o projeto vai de encontro à Lei Auroca (2008) que estabelece procedimentos para o uso científico de animais e recomenda a substituição do uso de testes in vivo por testes in vitro.

“Esse foi apenas o primeiro passo, o objetivo é ampliar a tecnologia para identificação de outros antígenos, originando kits para controle de outras doenças”, conclui o professor.
 

Foto: Ignácio Costa (PII: Programa de Incentivo à Inovação – Centro de Pesquisas René Rachou)

Últimas Notícias

Eventos

Fique de Olho

Acompanhe a Escola