O novo centro de internação do Hospital Veterinário da UFMG foi inaugurado na última semana e possui todos os padrões de qualidade necessários para que se realize um serviço de excelência. Neste centro, o Hospital oferece internação em serviço continuado, ou seja, 24 horas de assistência, na qual estão presentes auxiliares de enfermagem, médicos veterinários, residentes e também os professores em um esquema de revezamento.
A construção deste novo prédio faz parte de uma série de reformulações que o Hospital já está realizando há algum tempo. Desde que foi construído, isso há mais de 30 anos, a estrutura do Hospital Veterinário ficou um pouco defasada, então essa manutenção da parte física é um processo natural e necessário. Como confirma o professor Júlio César Cambraia Veado, coordenador do corpo clínico do Hospital Veterinário. “Dentro desse processo de reconstrução tivemos a reforma do prédio principal e em seguida foi construída a nova ala de internação, onde está prevista a construção de três prédios. O primeiro já está pronto e ainda virão mais duas unidades complementares. Nesse primeiro bloco, que já está finalizado, oferecemos internação de pequenos animais: cães e gatos”.
Além desta revitalização, o novo setor de internação também fica afastado das salas de aula e será separado do bloco cirúrgico, para atender as normas da vigilância sanitária. “Há muito tempo existe uma solicitação dos professores para que os animais não ficassem tão próximos à área das aulas, pois muitas vezes há muita perturbação por causa dos latidos dos cães. Além disso, havia uma necessidade de reformulação do bloco cirúrgico de pequenos animais que não estava nas normas condizentes com a vigilância sanitária. O bloco cirúrgico funcionava junto ao setor de internação, e isso não era muito adequado”, explica Eliane Gonçalves de Melo, diretora do Hospital Veterinário.
E as mudanças não se limitam a isso. Este novo centro de internação prevê um espaço no qual o proprietário permaneça mais tempo com o animal, visando o bem estar do paciente e também entendendo que a relação entre homens e animais tem se tornado cada vez mais íntima.
Serão separados os atendimentos de cães e gatos, havendo um local específico para a internação dos felinos, o gatil. Há também um local para a manipulação de medicamentos quimioterápicos, caracterizando um setor de enfermagem mais bem estruturado, além de um local para armazenamento de ração também inédito.
Neste novo setor de internação, todo o alojamento dos animais é feito em gaiolas de aço inox, que permitem uma higienização muito boa, e são mais fáceis de transportar. “Ainda não está pronto, mas está previsto também, um setor específico para as doenças infecto contagiosas. E como continuidade desse projeto de reconstrução, futuramente será feita a reforma do bloco cirúrgico. O próximo objetivo de reforma está voltado para o setor de cirurgia”, afirma o professor Júlio Cambraia.
Mesmo com tantas mudanças, o aspecto escola característico do Hospital Veterinário da UFMG permanece. A diretora Eliane explica que a política do Hospital é inserir os alunos em suas atividades desde os primeiros períodos. “Do primeiro ao sexto período o aluno ainda não teve disciplinas específicas na clínica ou na cirurgia de pequenos animais. Então, procuramos inserir este aluno no centro de internação. A vivência curricular dele será através do acompanhamento dos exames clínicos dos animais internados, ajudando diretamente nas tarefas”.
Já está previsto para 2013, complementar o centro de internação com a construção dos blocos B e C. “Neles terão as unidades de terapia intensiva, um setor de hemodiálise tanto para pequenos quanto para grandes animais, um espaço para os animais da disciplina de técnica cirúrgica, que é um espaço que atende animais do público carente para a castração. Também está previsto um espaço para abrigar os animais da própria escola que são usados para as aulas de semiologia, um espaço maior para a oncologia, um solário para os animais ficarem um tempo soltos e um espaço de convivência para manter os funcionários mais concentrados no centro de internação”, conclui Eliane.