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Notícia

Hospital Veterinário da UFMG recebe seu primeiro aparelho de tomografia

O Hospital Veterinário da UFMG possui agora mais um recurso tecnológico que vai ajudar nos diagnósticos e na melhora do serviço que já é prestado à comunidade. Trata-se do aparelho de tomografia por imagem, que já está montado e agora passa por testes e ajustes. Esta nova tecnologia será importante para o atendimento aos pacientes. “No raio x convencional, você pega uma estrutura tridimensional e transforma em bidimensional. Isso não acontece na tomografia, o que proporciona uma riqueza bem maior de detalhes”, explica o professor Renato César Sacchetto Torres, do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias (DCCV). A equipe específica que vai manuseá-lo está recebendo treinamento e em breve este serviço já estará disponível para o atendimento ao público.

Segundo Renato, o tomógrafo terá duas utilizações. Será usado na rotina de atendimento do hospital e exame de pequenos animais e também em experimentos. “O aparelho só atende pequenos animais, mas nada impede de se fazer exames de partes de grandes animais. Para se estudar um problema na pata de bovinos, por exemplo. Mas nestes casos seriam apenas em animais mortos, pois, é necessário levar a parte do corpo para o tomógrafo”, explica.

O aparelho tem 12 anos de existência e veio do Hospital das Clínicas, que adquiriu um equipamento mais moderno e enviou este para a escola. “Apesar do tempo de uso ele está em ótimo estado, produzindo imagens em ótima resolução e pode ser comparado à equipamentos mais atuais”, garante o professor Renato. Além disso, foi preparada uma sala especial para receber o aparelho. Ela é refrigerada e blindada devido à radiação. O aparelho está provisoriamente no bloco cirúrgico, mas futuramente, irá para uma sala nova e ainda mais adequada.

Desenvolvido originalmente para a medicina humana, toda a sua aplicação pode ser transferida para a medicina veterinária. O tomógrafo tem mais sensibilidade para identificar um câncer do que aparelhos de radiografia convencionais. “Numa radiografia convencional, os nódulos cancerígenos de um pulmão, por exemplo, só são possíveis de serem vistos quando tem o tamanho mínimo de meio centímetro. Menos que isso, o raio x comum não capta. O tomógrafo consegue captar metástase de tumor pulmonar com muito mais precisão, por exemplo”, exemplifica Renato.
O tomógrafo representa um avanço muito grande na área de clínica veterinária, propiciando a abertura de novas linhas de pesquisa. Além disso, a população terá acesso a mais uma técnica de exame sofisticada que proporcionará diagnósticos mais completos.

Para os alunos de pós-graduação, será possível realizar seus trabalhos já com o novo tomógrafo e assim alcançar maior profundidade em suas pesquisas. Para os alunos de graduação, significa ter contato com mais de uma técnica de diagnóstico por imagem. O professor explica que a disciplina de diagnóstico por imagem chamada “Radiodiagnóstico”, que é ministrada no 7º período do curso, vai mudar de nome e passar por reformulações. Passará a chamar “Diagnóstico por imagem em veterinária” e vai abordar, além do exame radiográfico, a tomografia computadorizada, a ultrassonografia e outras técnicas.  A mudança curricular, já aprovada, terá início no 1º semestre de 2013.

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