A Escola de Veterinária sediou, nesta quarta feira, a palestra sobre “A Medicina Veterinária no Enfrentamento de Desastres Ambientais: A Tragédia de Brumadinho”. O evento partiu de uma iniciativa do Grupo de Iniciação à Pesquisa (GIP) e foi ministrada pela médica veterinária e doutoranda em Ciência Animal, Laiza Bonela Gomes, que participou dos atendimentos realizados em Brumadinho.
O intuito do evento foi informar sobre como se deram as ações dos profissionais de medicina veterinária na região afetada pelo rompimento da barragem e compartilhar experiências práticas da atuação de campo. O ponto inicial da discussão foi como a Brigada Animal, criada a partir da Primeira Comissão do Comitê de Desastres, por iniciativa do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais (CRMV-MG), se organizou para lidar com os problemas encontrados.
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Laiza Bonela contou que as atividades da Brigada, assim como todas as ações conduzidas na região afetada pelo rompimento da Barragem, ocorreram de maneira planejada e sistematizada, visando, ao máximo, a minimização dos impactos. Em primeira instância, foram realizadas avaliações das condições do local e diagnóstico dos impactos, para que as ações em si pudessem ser planejadas a partir das necessidades encontradas. A Brigada animal atua em situações emergenciais e os atendimentos em Brumadinho priorizaram as situações de maior gravidade, agindo de maneira estratégica e organizada.
Laiza chamou a atenção para a necessidade de se criar um protocolo de ações para situações emergenciais, uma vez que isso conduziria de forma mais efetiva a resolução problemas futuros. Ao levantar os pontos negativos e positivos, foram ressaltados a necessidades de adequação dos recursos que haviam para os problemas que surgiram e o manejo da desorganização do público externo. Mesmo assim, a palestrante destacou o aprendizado absorvido durante os dias de atuação em Brumadinho e o sucesso dos atendimentos realizados.
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Cerca de 400 animais foram assistidos pela Brigada Animal e as equipes contratadas, estando entre as espécies, bovinos, suínos, equídeos, caninos, felinos répteis e passeriformes. Laiza propôs que, para o sucesso das operações, “é necessário que haja uma junção de quatro aspectos: planejamento, uma equipe treinada e especializada, Biossegurança e recursos financeiros”.
A estrutura de atendimento foi possível graças a união e articulação de vários órgãos públicos, entre eles a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Militar, IBAMA e o IEF, mediadas pelo CRMV-MG, com ajuda do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Assossiação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa) e da Escola de Veterinária da UFMG.