Na sexta-feira, dia 5 de maio, uma boa notícia viralizou nas redes sociais: o fim do estado de emergência de saúde pública de importância internacional da covid-19 decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A manifestação da entidade reconhece que a circulação do vírus, o número de casos graves da doença e o percentual da população mundial vacinada alcançaram patamares satisfatórios dos pontos de vista social e epidemiológico.
A atualização do status da doença, no entanto, não significa o fim da pandemia, pondera o virologista e professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG Flávio da Fonseca, integrante do Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade (CTVacinas). “Uma pandemia se caracteriza pela ocorrência global de um patógeno, e o novo coronavírus mantém essa condição”, ressalta o pesquisador.
Segundo o virologista, as pessoas ainda devem manter cuidados básicos, pois o vírus Sars-CoV2 segue em circulação, inclusive com novas variantes, como a Arcturus (XBB 1.16), que registrou recentemente seus dois primeiros casos nos estados de São Paulo e da Bahia.
Para Flávio da Fonseca, ainda que o isolamento social não seja mais uma recomendação para a maior parte da população, como ocorreu nos períodos mais críticos da pandemia, a situação ainda inspira cuidados essenciais: “Quem estiver com sintomas deve usar máscara ou evitar o contato com outras pessoas, além de avisar colegas e familiares até a realização do teste”.
SpiN-Tec
Integrante da equipe que desenvolve, no CTVacinas da UFMG, a SpiN-Tec MCTI, primeiro imunizante 100% nacional contra o vírus da covid-19, Flávio da Fonseca comemora os bons resultados dos testes até o momento. “A SpiN-Tec MCTI concluiu a fase 1 dos ensaios clínicos. Ao fim deste mês, inicia-se a fase 2 dos testes em seres humanos. Os resultados são muito bons”, resume o professor.
Redação: Cedecom – Ruleandson do Carmo