Evento do Hospital Veterinário debate sobre epilepsia em animais

Comemorado no dia 26 de março, o Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia foi pauta de discussão em uma breve palestra promovida na sala da recepção do Hospital Veterinário da UFMG, visando a disseminação de informações sobre essa doença, que também acomete os animais.

 

 

Também conhecida como “Purple Day”, a data  levanta discussões sobre a importância do tratamento adequado e combate à discriminação aos que são acometidos pela doença. Como ela também atinge os animais, o setor de Neurologia, sob responsabilidade da diretora do Hospital e chefe do departamento, Eliane Gonçalves, promoveu uma palestra com o intuito de inteirar a população em geral sobre a existência da doença, sintomas e possibilidades de tratamento. Um dos principais motivos de atendimento de consulta neurológica do Hospital Veterinário da UFMG, assim como uma das razões predominantes para a internação por crises de difícil controle, são referentes às crises epilépticas em animais. 

 

 

Maria Paula Costa Coelho, médica veterinária e doutoranda que ministrou o evento, informou que a epilepsia pode ser causada por motivos genéticos, alterações intracranianas e/ou extracranianas. Ela ressalta a vitalidade do tratamento adequado e acompanhamento de um médico veterinário assim que percebidas mudanças no padrão de comportamento ou que o animal comece a convulsionar, pois a doença, além de contribuir para a perda de qualidade e redução da expectativa de vida do pet, também causa estresse e fragilização ao o tutor que lida com a situação de enfermidade do seu bicho de estimação.

 

O tratamento não tem duração definida e deve ser sempre orientado pelo médico veterinário, responsável também por sanar as dúvidas do tutor que surgem no decorrer do processo. O animal precisa passar por consultas para ter certeza de que os sintomas que estão se manifestando realmente dizem respeito a epilepsia e não a outra doença, pois, conforme explicado por Maria Paula, “nem tudo que acontece de forma episódica são convulsões epilépticas”.

 

 

A Médica Veterinária, Maria Paula, ressalta a importância dos tutores se informarem sobre o assunto para assim conseguirem reconhecer a doença, encaminharem seus animais de estimação ao atendimento médico necessário e contribuir para a melhora de vida de seus pets. Ela também relata que, quanto mais cedo forem feitos os diagnósticos e iniciados o tratamento, maiores serão as chances de resposta do animal.