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Notícia

Escola será referência na inspeção da qualidade dos animais aquáticos para consumo

Atualmente, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), que é a autoridade sanitária brasileira para organismos aquáticos, recorre a laboratórios fora do país quando necessita de uma comprovação do status sanitário do território nacional ou da certificação de produtos para exportação. Com isso, o Brasil tem perdido mercados de exportação pela baixa capacidade de diagnóstico oficial próprio. A falta de metodologias impede o estabelecimento de futuros programas de controle e erradicação de enfermidades, uma vez que o diagnóstico é base para a declaração da condição de país livre de determinada enfermidade.

Mas esta situação está prestes a mudar com o lançamento da Rede Nacional de Laboratórios do Ministério da Pesca e Aquicultura (Renaqua),  que aconteceu em Brasília/DF no último dia 08 de maio. O diretor da Escola de Veterinária da UFMG, José Aurélio Garcia Bergmann, esteve presente no evento junto ao professor Rômulo Cerqueira Leite, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, e à diretora de fomento da Pró-reitoria de Pesquisa, Marisa Mancini. Estiveram presentes na mesa de honra Jorge Alberto Portanova Mendes Ribeiro Filho, ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Marcelo Bezerra Crivella, ministro da Pesca e Aquicultura.

A Renaqua é uma rede composta de vários laboratórios que lida com enfermidades de animais aquáticos e o laboratório central será construído aqui na Escola de Veterinária da UFMG. O recurso destinado pelo Ministério da Pesca para custear este laboratório totaliza 16,8 milhões de reais, que devem ser empenhados em três anos. Deste total, 3,2 milhões são destinados à obras e instalações e 4,3 são para equipar o laboratório. “Ele vai atender às demandas do Ministério da Pesca e será mantido através de recursos descentralizados e não sob a forma de pagamento por serviço prestado”, explica José Aurélio.

Este tipo de serviço já é prestado em um laboratório que funciona nas dependências do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, mas será construída uma nova estrutura oficial no bloco A do 2º pavimento. Sua função é basicamente cuidar da qualidade dos alimentos aquáticos que o homem consome, que são importados e da condição sanitária do produto que nós exportamos. Este laboratório será uma referência no país e irá credenciar todos os outros que virão. 

“O país tem muito a crescer em termos de organismos aquáticos. Do ponto de vista econômico, no mundo todo, a criação de animais aquáticos é a área que mais cresce. E o Brasil ainda é muito tímido neste cenário apesar do potencial de águas interiores que nós temos. Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais , por exemplo, é o estado com maior capacidade de águas interiores no país e nós exploramos muito pouco isso em termos de produção de alimento”, acredita José Aurélio.

Este laboratório oficial da Escola de Veterinária será o responsável pelo diagnóstico de enfermidades infecciosas de camarões e peixes, definidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Vai ser a unidade base para a formação da Renaqua. Será também a unidade responsável pela padronização de métodos, difusão e avaliação das metodologias nos demais laboratórios da rede.
A Escola também está construindo o Aquavet, que será credenciado por este laboratório central, e destinado a atender a indústria que lida com animais aquáticos.

Foto: Foca Lisboa

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