Na segunda-feira (17/06), a Escola de Veterinária recebeu a visita da jornalista Naiara Guimarães, da rede Minas, para o recolhimento de informação para elaboração de matéria sobre os impactos da Stock Car nos arredores da Escola e do Hospital Veterinário.
Durante a visita, a Professora Christina Malm foi entrevistada e expressou sua preocupação sobre a realização dessa natureza ao lado da UFMG e, especialmente, do Hospital Veterinário.
Segundo a professora, as obras já estão causando considerável impacto na área hospitalar, que abriga aproximadamente 280 funcionários, incluindo anestesistas, cirurgiões, alunos e docentes. A presença de equipamentos extremamente sensíveis, como monitores, requer um ambiente de precisão que está sendo comprometido. A professora enfatizou que a entrada do Hospital Veterinário não deve ser bloqueada em hipótese alguma, pois é essencial para a chegada direta de animais, muitos dos quais em estado grave.
A construção de um autódromo na frente do Hospital Veterinário é inviável, uma vez que o excesso de ruído é altamente prejudicial. De acordo com estudos, animais costumam suportar 60-70 decibéis, quando acima deste valor, o barulho tende a gerar estresse. Sendo assim, não é possível proteger os animais das áreas externas desse ruído, explicou a Professora e Diretora do hospital.
Ela também destacou que a área ao redor do hospital é uma zona de conservação, juntamente com a estação ecológica, e que a realização do evento prejudica a manutenção destas áreas, especialmente no que diz respeito à fauna local.
“É um absurdo pensar que um hospital que está aqui há mais de 50 anos teria que fechar para que uma corrida pudesse acontecer”, afirma a professora. Como diretora do Hospital Veterinário, ela ressaltou sua responsabilidade em relação às decisões da reitoria e da diretoria da Escola de Veterinária. O Hospital Veterinário é um órgão complementar à unidade e realiza atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana, e a possibilidade de os animais não conseguirem chegar para receber atendimento é uma grande preocupação.
A situação se agrava pelo fato de que, segundo a professora, não houve contato com a reitora por parte da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ou da organização do evento antes de firmar o acordo para a realização da Stock Car. A professora criticou a falta de comunicação e transparência, destacando que a PBH ignorou a UFMG em suas decisões. Além disso, o Hospital Veterinário não recebeu nenhum cronograma de obras ou informações detalhadas sobre as intervenções planejadas.
A situação atual exige uma reflexão urgente sobre o equilíbrio entre o desenvolvimento de eventos dessa natureza e a preservação dos serviços essenciais e do meio ambiente.
A Escola de Veterinária da UFMG solicita o apoio de toda a comunidade acadêmica e local para fortalecer nossa posição contra a realização do evento da Stock Car nas proximidades da nossa instituição. A participação de todos é essencial para preservar todo o ambiente acadêmico e hospitalar.
Para mais informações sobre a Stock Car no entorno da UFMG, seus impactos e danos, acesse: https://www.ufmg.br/stockcarnaufmgnao/
Stock Car na UFMG NÃO!
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#UFMGEuDefendo
Equipe
Antônio C. (fotografia e supervisão) e Wanessa Lina (redação).