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Michelle de Paula Gabardo com um dos suínos utilizado em seu experimento. |
A aluna de doutorado em Ciência Animal, Michelle de Paula Gabardo, recebeu o prêmio de melhor trabalho na área de sanidade no 17° Congresso da Abraves, promovido pela Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos em Campinas, SP. O Congresso de Abraves, realizado de dois em dois anos, é um evento com reconhecimento nacional que conta com estudantes, profissionais, universidades e empresas públicas e privadas. “O reconhecimento de um trabalho, no Congresso de Abraves, é de extrema importância, pois a sua pesquisa vai alcançar não só o meio acadêmico, mas também o campo e produtores”, afirma a doutoranda Michelle.
O trabalho da doutoranda Michelle é intitulado “Avaliação do envolvimento de camundongos (Mus musculus) na epidemiologia da enteropatia proliferativa suína”, teve como objetivo avaliar a presença da bactéria enteropatogênica L. intracellularis, em roedores oriundos de granjas, e se esses podem ser fontes de infecção de Enteropatia Proliferativa Suína (EPS) para os suínos.
O diferencial do projeto consiste na simulação máxima como se daria a contaminação em campo. A pesquisa contou com dois experimentos, o primeiro a aluna colheu as fezes dos suínos infectados com a L. intracellularis e forneceu para os camundongos suscetíveis a bactéria e, o segundo fezes de camundongos positivos para a bactéria foram fornecidas para os suínos suscetíveis a bactéria, misturando-as na ração. O objetivo desses experimentos era comprovar que a quantidade eliminada de bactéria nas fezes pelos camundongos era suficiente para a infecção dos suínos.
A bactéria L. intracellularis afeta o intestino dos suínos e, se não devidamente tratada pode ocasionar a morte do animal. O principal sintoma da doença é a diarreia, mas na fase subclínica da doença, o animal não apresenta sintomas visíveis -, e é a forma de infecção mais comum nas granjas, a qual dissemina a bactéria rapidamente se não identificada e tratada. A enteropatia proliferativa suína não é uma zoonose, portanto, não apresenta riscos para o ser humano.
O professor Roberto Guedes, do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias, foi o orientador da doutoranda em sua pesquisa que a levou a receber o prêmio. “O professor foi muito presente nos experimentos, sempre colaborou na busca de soluções de dúvidas e problemas. Além de ter ajudado a pensar no projeto”, afirma a doutoranda.
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A doutoranda contou com uma equipe que colaborou para o sucesso de sua pesquisa: Carlos E.R. Pereira, Amanda G.S. Daniel, Jose P. Sato, Mariana R. Andrade, Talita P. Rezende, Lourença A. Alvarenga, Luisa V.A. Otoni, Lucas A. Rezende, e o professor e orientador Roberto M. C. Guedes. |