O programa “De Olho nos Bichos”, da TV UFMG, em sua edição nº 82, exibida no dia 15 de dezembro de 2013, falou sobre os perigos em transportar animais de estimação inadequadamente e os cuidados durante a viagem. No quadro “Quiz”, o programa falou sobre a variedade de cores nos olhos do husky siberiano. E no “Você sabia”, a quantidade de palavras que os cães conseguem apreender e responder ao comando do dono.
Os animais não são autossuficientes e não podem ser deixados sozinhos em casa durante as viagens da família. Muitos criadores levam o companheiro junto na viagem. Existem normas e regras a serem seguidas. Quem não consegue se separar de seu animal de estimação é preciso ficar atento para o que o Código Nacional de Trânsito prevê para essa situação, além dos cuidados para evitar riscos à saúde do animal.
Segundo o subtenente Renato augusto, da Assessoria de Comunicação da Polícia Rodoviária Estadual, “o animal não pode ser transportado de forma nenhuma entre os braços do condutor e o lado esquerdo do veículo. Quando o animal é transportado solto na parte externa do veículo, há a retenção e a notificação do condutor, sendo proibido o transporte em caminhonetes, pick-ups e caminhões”.
O Código Nacional de Trânsito não especifica a forma correta de se transportar os animais, mas, segundo a polícia rodoviária, existem recomendações. “Os animais de pequeno porte têm que ser transportados dentro de caixas. Esses compartimentos têm que ser confortáveis, de maneira que o animal possa ficar em pé e se movimentar dentro delas. As caixas devem ser fixadas ao cinto de segurança do veículo”, afirma o subtenente.
O Código também prevê penalidades para o transporte inadequado de animais de estimação, que pode aumentar a probabilidade de acidentes graves. “Após a abordagem, fazemos a retenção do veículo até que o proprietário sane a irregularidade no local. A notificação com multa de R$ 86,00 ocorre quando o motorista está transportando o animal entre o seu colo e o lado esquerdo”, afirma Renato Augusto.
Os passeios de carro com os pets a bordo podem causar danos para a saúde dos bichos. Outra prática comum que deve ser revista para evitar problemas é o uso de secadores potentes no banho dos animais. Um dos grandes problemas que podem ser causados é a úlcera de córnea, que prejudica a visão do animal, causa desconforto e, em alguns casos mais raros, pode levar até mesmo à perda da visão.
De acordo com Fernando Bretas, professor do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias da UFMG, “a úlcera é como se fosse uma ferida, uma perda das camadas mais superficiais, e até mesmo das camadas mais profundas. É resultante primariamente de um traumatismo ou de qualquer condição que leve a um ressecamento súbito ou crônico no olho do animal”.
“Normalmente, o animal tem dor ocular intensa, fica com a pálpebra fechada, lacrimeja e procura locais escuros. Em algumas situações, para de se alimentar e também passa a pata na região ocular”, afirma o professor.
As úlceras são classificadas de acordo com a gravidade da lesão e o tratamento é feito de acordo com essas classificações, normalmente via colírios especiais. Algumas raças possuem maior propensão à doença, por possuírem olhos mais abertos e mais expostos a elementos externos.
Fernando Bretas orienta que “os animais devem ficar no interior do veículo e adequadamente contidos. Existem cintos de segurança próprios para cães e que ajudam a evitar acidentes sérios”.
O programa
O programa “De Olho nos Bichos” é um projeto de extensão da Escola de Veterinária em parceria com a TV UFMG. Ele vai ao ar quinzenalmente, sempre aos domingos às 16h15, e com reprises durante a semana.
Confira o programa completo: