O curso de Aquacultura da UFMG recebeu nota 4 em um máximo de 5, segundo uma avaliação do MEC, realizada nos dias 29 e 30 de agosto. No processo avaliativo, foram destacados quesitos como infraestrutura, titulação do corpo docente, matriz curricular, acesso à informação e organização dos laboratórios. O resultado foi visto de forma satisfatória pelos membros do colegiado, que trabalharam arduamente para receber os avaliadores, juntando toda a documentação necessária e outras requisições feitas pelo MEC. “A nota 4 não é nada mais que um reconhecimento do esforço conjunto de todos os professores”, revelou a professora Paula Adriane Perez Ribeiro, subcoordenadora do curso de Aquacultura.
Dois profissionais foram escolhidos pelo MEC para avaliar o curso. “No primeiro dia eles fizeram reuniões com os dirigentes da instituição e os coordenadores do curso, fizeram entrevistas com os professores e alunos de vários períodos, e visitaram as instalações da escola relacionadas ao curso de Aquacultura” disse a professora Paula. O professor Edgar de Alencar Teixeira, coordenador do curso, destaca a importância da avaliação realizada: “existe um fator de funcionamento, um reconhecimento do curso a partir desse momento. O curso de Aquacultura da Escola de Veterinária é reconhecido pelo Ministério da Educação, esse é o ponto principal”.
Para aprimorar a grade curricular, foi ressaltada a necessidade de inclusão, devido a uma lei federal, de disciplinas relacionadas à educação étnico-racial e ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena no curso. A disciplina existente é de cunho optativo, e até então não havia sido ofertada, mas já existe um plano para colocar a matéria na grade: “o Núcleo Docente Estruturante, junto com o Colegiado vai viabilizar uma maneira de ofertar essa disciplina em que ela vai ter que envolver outras unidades as UFMG, e não só a Escola de Veterinária”, revelou Paula. Outra questão destacada, foi a infraestrutura da Escola que, segundo o MEC, apresenta condições de acesso para portadores de deficiência física, entretanto, em alguns pontos, carece de melhorias.
A Aquacultura foi implantada na Escola no ano de 2009, e de lá pra cá muitos ajustes foram feitos em busca do aprimoramento. Cláudia, servidora do colegiado, destaca a importância do Núcleo Docente Estruturante para a formação da grade: “com o núcleo docente estruturante nós fomos colocando o curso em uma grade curricular de forma mais correta e lógica. Toda adaptação ou mudança de grade curricular passa pelo núcleo”.
O curso de Aquacultura é voltado para a produção de organismos aquáticos, envolvendo peixes, moluscos e vegetais. O profissional formado pode atuar em diversas áreas, como biotecnologia, indústrias de equipamento, e empreendimentos.
Um dado interessante foi divulgado pelo Instituto Earth Policy. Em 2012 a produção de peixes de cativeiro ultrapassou a de carne bovina, pela primeira vez na história. O estudo revela que foram 66,5 milhões de toneladas de frutos do mar contra 63 milhões de toneladas de carne vermelha, e que a China é a maior produtora e consumidora de peixes.
Por ainda não existir nenhuma prova no Enade cujo curso se enquadra, provavelmente daqui a 3 anos ele será avaliado novamente. Esse quadro só se alteraria se fosse criada uma prova específica para o curso de aquacultura, o que não há previsão.
