Universidade Federal de Minas Gerais

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Notícia

Cultivo de camarão é destaque do setor de maricultura do Laqua

Já pensou em ter camarão fresco em Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais ? Produzido aqui? Longe do mar? É o que o setor de maricultura do Laboratório de Aquacultura da Escola de Veterinária (Laqua) pretende alcançar. O setor de maricultura é destinado à criação de organismos marinhos e tem atraído alunos de Aquacultura e Medicina Veterinária para uma área inexplorada em Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais . Os estudantes são orientados pelos professores Kleber Miranda Filho e Cintia Nakayama, responsáveis pelo setor. 
 
Um dos destaques é a criação do camarão marinho Litopenaeus vannamei, a espécie de crustáceo mais cultivada no mundo. Graças a uma tecnologia de criação denominada BFT ou tecnologia de Biofloco, desenvolvida nos Estados Unidos e trazida ao Brasil pelo professor Wilson Wasielesky, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o laboratório tem conseguido, ainda em fase experimental, cultivar o camarão marinho e a tilápia em um ambiente de baixa salinidade. “Isso é uma inovação, um marco no estado de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais . O Biofloco é um sistema rico em bactérias heterotróficas e nitrificantes que ajudam a manter o ambiente íntegro para a criação de camarão marinho, tilápia, ou as duas espécies juntas de maneira intensiva, ou seja, em grande densidade”, explica o professor Kleber. 
 
Segundo os professores, o grande objetivo do laboratório é passar da fase experimental do cultivo de camarão marinho e fazer com que a produção da espécie seja viável em Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais . “O estado tem um clima favorável e enorme demanda de produção. O objetivo seria passar o conhecimento para os produtores interessados para que o estado se destaque na produção de camarão marinho longe da costa, alavancando a carcinicultura (criação de crustáceos) marinha mesmo estando a centenas de quilômetros do mar”, destaca Kleber. 
 
O trabalho com camarões marinhos longe da costa já possui reconhecimento e visibilidade com instituições de fomento, tanto que um projeto já vem sendo apoiado. Este projeto possibilitará a instalação de uma estufa na parte exterior do Laqua, destinada exclusivamente à criação de camarão marinho. Essa estrutura terá como objetivo principal a realização de experimentos mais aplicados, oferecendo um suporte aos produtores interessados em observar e entender como se dá o processo. 
 
Luanna Neves, aluna do 9º período do curso de Aquacultura, trabalha no laboratório há mais de um ano. Ela conta que a maricultura foi o setor que mais despertou o seu interesse. “Quero seguir a carreira acadêmica, e a maricultura foi a área que mais me atraiu. A experiência tem sido muito enriquecedora”, comenta.
 
Os professores Kleber e Cintia destacam a importância da presença dos alunos no laboratório. Segundo Cintia, “são eles os responsáveis pela rotina laboratorial”. Os alunos participam de experimentos com salinidade e qualidade da água, elaboram e executam projetos, analisam dados, entre outras funções. “No laboratório conseguimos mostrar diferentes assuntos a eles, o que possibilita formar tanto um profissional voltado para a área acadêmica quanto para o campo”, comenta a professora. 
 
João Paulo Lorenzini, aluno do 8º período de Aquacultura, também está há mais de um ano no setor e fala sobre a experiência. “A parte prática que temos aqui é muito importante, pois complementa o conteúdo teórico obtido em sala de aula. A iniciação científica enriquece o currículo e proporciona um conhecimento que será utilizado após me formar”.
 
Sobre o sistema Biofloco
 
A grande qualidade do sistema Biofloco é o fato de não ser necessário o uso de grandes volumes de água para a renovação dos meios de produção, pois os microorganismos garantem a integridade do ambiente e por este motivo, os gastos com a produção são diminuídos.  O início da criação requer a salinização do meio, ou seja, a compra de sal marinho, mas como não existe renovação de água neste sistema, o processo de salinizar a água ocorre somente em um primeiro momento da criação. Dessa forma, a mesma água poderá ser reutilizada nas safras seguintes sem liberação de nutrientes, matéria orgânica e organismos exóticos, garantindo a sustentabilidade ambiental e a biossegurança. 
 
 
 

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