No dia 11 de junho, no corredor em frente à sala de exposição, o CEMEMOR (Centro de Memória da Escola de Veterinária) promoveu uma homenagem ao professor Francisco Cecílio Viana.

O professor Francisco Cecílio Viana é uma figura de fundamental importância para a Escola de Veterinária da UFMG. Ele possui graduação e doutorado em Medicina Veterinária pela instituição e, entre diversas contribuições, também integrou a equipe de professores que ajudou a instituir a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPE), fundamental para a gerência e realização de projetos científicos dentro da Escola.

Junto com a homenagem, também foi apresentada a exposição “A História Não Contada: O Percurso da Peste Suína Africana no Brasil” que expôs trechos do conteúdo do livro “História e memória da peste suína africana no Brasil: passos e descompassos”, de autoria do professor Francisco. A exposição foi composta por cartazes pendurados ao longo do corredor que une a sala do CEMEMOR à entrada do Hospital Veterinário. Simulando capas de um jornal, os cartazes contavam detalhes da história da doença no Brasil.

A exposição também contou com uma sessão de autógrafos, e os participantes puderam ouvir um pouco da história do livro e da Peste Suína Africana diretamente do professor.

Em seu depoimento, o professor explicou como, ao trabalhar com as ideias de história e memória, é fundamental se aprofundar nesses conceitos. Afinal, o que é história? O que é memória? De acordo com o professor, a memória é seletiva, e pode ser individual ou coletiva, sendo que a coletiva muitas vezes se sobrepõe sobre a individual, com os indivíduos aderindo à memória e às práticas do grupo.

A pesquisa do livro é inaugural, dá início a uma nova visão dos problemas envolvendo a saúde animal, porque a saúde animal não está isolada, ela repercute em toda a sociedade.
— Professor Francisco Cecílio Viana
Para além desses conceitos, ele reforçou aos estudantes e colegas sobre a importância de uma abordagem social da Medicina Veterinária, que reconheça a saúde animal como parte integrante do setor produtivo, da população, da política e da sociedade como um todo. Para ele, é fundamental que os profissionais tenham essa consciência e saibam trabalhar o controle social, os determinantes e a repercussão de seu tratamento da saúde animal sobre toda a sociedade.
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O registro dessa história por meio do livro, a homenagem feita pelo CEMEMOR e as palavras do professor são, em conjunto, um exemplo da importância de se construir e preservar a memória da Escola e da Medicina Veterinária para garantir o seu avanço. A Escola parabeniza o professor e o CEMEMOR pelo trabalho, que é de fundamental importância para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão dentro da nossa Universidade.
Equipe
Antônio Figueiró (fotografia e supervisão), Luísa Aguiar (redação).