O Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde) chega a seu quarto ano apresentando bons resultados e boas perspectivas futuras. Ancorado em uma proposta de ensino-pesquisa-extensão, o programa desenvolve um trabalho que vai apresentar ainda mais evolução, isso se deve a regulamentação do médico veterinário nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf).
Segundo a coordenadora do PET- Saúde UFMG, professora Danielle Soares, tal inserção é de grande importância para os alunos inscritos no programa. “Para o nosso curso, a chance dos alunos já estarem inseridos em atividades e trabalhos na atenção básica à saúde favorece a formação deles dentro da Escola para que eles se tornem profissionais aptos a trabalhar nos Nasf’s.” A professora do Departamento de Medicina Preventiva (DMVP) ressalta que o ensino de disciplinas relacionadas à atenção primária e ao serviço de saúde público são ainda muito incipientes e o PET-Saúde cumpre também a função de cobrir essa lacuna para tornar os alunos mais preparados.
A atuação do veterinário no programa tem como diretriz o trabalho de aspectos relacionados à zoonoses, além de outras questões como ataques praticados por cães e gatos, acidentes causados por animais peçonhentos e também a atuação no que concerne ao controle populacional de cães, gatos, roedores, dentre outros animais. Todo esse trabalho é feito em conjunto com profissionais de outras áreas da saúde.
Com o projeto já em seu quarto ano, o balanço feito até o momento é bastante positivo. “A primeira conquista para os alunos foi a prática diária de convivência multidisciplinar com outros estudantes e também com profissionais de saúde, o que contribui para a formação como profissionais”, afirma Danielle.
Devido aos bons resultados obtidos nas últimas edições, um novo edital do projeto já foi aprovado e a veterinária mais uma vez está inserida na área “Saúde e ambiente”, mas segundo Danielle, o projeto apresentará um novo diferencial. “Agora vamos trabalhar juntos com o tutor da Biomedicina. Isso vai contribuir para a evolução do projeto, uma vez que a Biomedicina irá realizar análises de resíduos e de produtos provenientes do ambiente que podem interferir na saúde humana”, revela a professora.
A oportunidade de atuar junto a população é também um elemento de destaque. “Foi importante levar para a população aquilo que é investido na nossa formação, e esse retorno em forma de extensão para a comunidade é muito rico para os alunos da Escola”, ressalta a coordenadora.
O projeto tem como objetivo fortalecer áreas referentes ao Sistema Único de Saúde (SUS), através do contato direto com a população e por meio de coletas de dados que posteriormente serão utilizados para a realização de pesquisas.
No caso do PET- Saúde UFMG, a iniciativa recebe a participação de alunos de 11 cursos de graduação, incluindo o curso de Medicina Veterinária. A ideia da inserção do programa na universidade é de gerar a inclusão dos estudantes no mercado de trabalho, promovendo a atuação dos mesmos dentro das unidades básicas de saúde, a fim de desenvolver o potencial dos alunos no que concerne a atenção a saúde primária.
Uma das principais características do programa é a sua multidisciplinariedade, convergindo conhecimentos de diversas áreas em prol da saúde pública. No caso da medicina veterinária, o objetivo é “agregar conhecimentos específicos quanto à prevenção de agravos à saúde da população”, coloca a professora Danielle.
