
Após sete dos gatos que vivem na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais (UFMG) aparecerem mortos no campus e outros seis desaparecerem, a reitoria se reuniu nesta sexta-feira (19) com membros da Faculdade de Veterinária, representantes da Gestão Ambiental e da ONG BastAdotar e decidiram medidas a serem adotadas com o objetivo de reduzir o número de mortes dos animais. De acordo com o membro da ONG e coordenador do programa de pós-graduação em História, Luiz Carlos Villalta, ficou definido no encontro que serão adotadas políticas educativas em relação ao abandono de animais, uma vez o número de animais não para de crescer exatamente por conta de pessoas que os abandonam no local.
"Também será feita uma política educativa interna para informar aos funcionários, terceirizados e públicos, que é crime maltratar animais assim como matá-los", lembrou o professor. Os servidores também serão orientados a coibir sempre que presenciarem alguém abandonando animais nas dependências da universidade.
Outra mudança que foi decidida no encontro foi a alteração do local das feiras de adoção promovidas pela BastAdotar, geralmente realizados no interior da UFMG. "Agora faremos ela em outros pontos da cidade, para não fazer essa ligação direta de animais resgatados com o campus, como tentativa de reduzir o número de abandonos", explicou Villalta.
Para o membro da ONG, a UFMG está engajada em reverter esses problemas e tem consciência de que não é um problema exclusivo do local, mas sim de toda a sociedade.
Histórico de massacres
Ainda segundo informações da ONG BastAdotar, esta já é a terceira vez que a matança de gatos se tornou notícia. A primeira delas foi em outubro de 1999, quando 40 gatos foram encaminhados e mortos na câmara de gás da Zoonoses da Prefeitura de BH. Desde então, a UFMG responde um processo movido por vários grupos de defesa dos animais junto à Procuradoria do Meio Ambiente. O inquérito está em aberto.
Já em 2002, o assassinato de 14 gatinhos voltou a estampar páginas de jornais. Eles foram escalpelados e mortos nas dependências da Fafich, no período de férias. Também foi aberta uma sindicância junto à Procuradoria do Meio Ambiente.