Sindicado prevê que situação será normalizada nos próximos dias

Setor está confiante na normalização da situação

Mais entidades devem se pronunciar nos próximos dias sobre os dois casos da vaca louca no país, um deles em Belo Horizonte. A confirmação foi dada nesse sábado (4) pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Representantes da indústria da carne em Minas respiram aliviados com o fato de ter sido a forma atípica da doença, que não transmite para humanos e animais.
 
Ainda assim, há um impacto para a cadeia de produção, já que a suspeita afetou o preço da arroba do boi gordo e a confirmação, mesmo na forma atípica, implica em suspensão de exportações para a China. É o que explica Dylton Lyzardo Dias, presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes, Derivados e do Frio de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais (Sinduscarne). Apesar do impacto, ele está confiante com a retomada do setor.
 
“A gente fica muito preocupado que no cenário nacional e mundial Minas, às vezes, fique com a imagem manchada, mas isso não vai acontecer. Os resultados por si só traduzem a seriedade como nós aqui em Minas tratamos esse tipo de assunto”, disse Lyzardo.  “É lógico que teve algum impacto no preço da arroba do boi, o que é super normal acontecer. Acredito que isso recupere rapidamente”, completou, destacando que a suspensão do embarque para a China já parte do protocolo.
 
De acordo o Ministério da Agricultura, após a confirmação dos casos em BH e Nova Canaã do Norte, no Mato Grosso, a Organização Mundial de Saúde Animal foi notificada oficialmente.
 
No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. A suspensão fica em vigor até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.
 
Os dois casos confirmados nesse sábado (4) foram detectados em vacas de descarte que apresentavam idade avançada. Em nota, o Instituto Mineiro de Agropecuária informou que, em relação ao caso de Belo Horizonte, o frigorífico foi interditado. Destacou também que todas as medidas sob responsabilidade do órgão foram realizadas para reduzir riscos.
 
Para a professora adjunta da Escola de Veterinária da UFMG, Maria Isabel Maldonado Coelho Guedes, todo o processo no tratamento dos casos mostra que os serviços de vigilância do país são eficazes no controle da doença.
 
“Essa forma atípica da doença ocorre de maneira espontânea e esporádica e ela não é transmitida pela ingestão de alimentos contaminados”, ressaltou Isabel.
 
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