A Polícia Civil de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais informou, nesta sexta-feira (2), que identificou a presença de monoetilenoglicol

em um dos petiscos para cachorros entregues à delegacia por tutores de animais que passaram mal ou
morreram após a ingestão dos produtos.
 
A substância já tinha sido detectada por meio de necropsia realizada pela Escola de Veterinária da
Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais (UFMG) em um dos cãezinhos mortos.
 
Segundo a polícia, subiu para sete o número de cães mortos em Belo Horizonte com suspeita de intoxicação –
até a noite desta quinta-feira (1o), eram seis. Outras seis internações foram registradas na capital mineira. Em
Piumhi, no Centro-Oeste do estado, também houve um óbito.
 
 De acordo com a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso, a Polícia Civil de Minas recebeu relatos
de mortes de cachorros após o consumo dos petiscos suspeitos em outros oito estados, além do Distrito
Federal: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Sergipe e Goiás.
 
 Tutores desses estados entraram em contato conosco relatando as mortes dos bichinhos que ingeriram esses
petiscos. A Polícia Civil de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais vai apurar os casos aqui ocorridos. Nos demais estados, é
necessário que o tutor procure a delegacia local para o registro da ocorrência e para instauração do
respectivo inquérito policial , afirmou Danúbia.
 
 Três marcas de petiscos são investigadas por suspeita de contaminação por monoetilenoglicol: Dental Care,
Every Day e Petz Snack Cuidado Oral. Todos são de fabricação da empresa Bassar. Nesta sexta-feira, o
Ministério da Agricultura determinou o recolhimento nacional de todos os lotes de produtos da empresa.
O monoetilenoglicol foi uma das substâncias identificadas na contaminação das cervejas da Backer, em 2020.
Dez pessoas morreram.
 
 O etilenoglicol não é esperado de se encontrar em nenhum tipo de alimento, nem para animais nem para
humanos (…) É um composto classicamente nefrotóxico, que causa danos renais, levando à insuficiência, que
é exatamente um dos sintomas verificados nos animais acometidos por essa intoxicação , disse a perita
criminal Renata Fontes Prado.
 
 Segundo ela, outros petiscos ainda estão sendo analisados, e as investigações precisam avançar para
descobrir como a substância contaminou os petiscos.
 
 Os sintomas de intoxicação mais comuns nos cães são convulsão, diarreia, vômito e prostração.
É importante, após o consumo desses produtos, se o cachorrinho apresentar esses sintomas, além dos
cuidados necessários relacionados à saúde, procurar imediatamente a delegacia responsável, levar o produto
e, no caso de morte, disponibilizar o corpinho do cachorrinho para ser necropsiado , afirmou a delegada
Danúbia Quadros.
 
 Ela informou, ainda, que há possibilidade de responsabilização criminal dos fabricantes. O crime que está
sendo apurado é o de venda de produto impróprio para o consumo. A pena máxima prevista é de cinco anos
de reclusão.
 
 O g1 Minas procurou a Bassar, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Nesta
quinta-feira (1o), a empresa disse, por meio de nota, que não utiliza e nunca utilizou o etilenoglicol na
fabricação de nenhum de seus produtos.