A Polícia Civil informou ao G1, nesta sexta-feira (5), que as imagens das câmeras de segurança de dois condomínios na Avenida Efigênio Sales serão analisadas para buscar informações sobre a morte de 200 periquitos de asa branca na via. Além disso, a polícia aguarda ainda o resultado do exame toxicológico dos corpos dos animais. O procedimento é realizado na Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais (UFMG), e o laudo deve sair em 15 dias.
 
Em nota, a Polícia Civil afirmou que "não é descartada nenhuma hipótese" sobre a morte dos animais. As imagens das câmeras dos condomínios Mundi e Ephigênio Sales devem passar por perícia e ser analisadas durante a investigação do caso, realizada pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente (DEMA).
 
Em um vídeo, supostamente gravado no dia antes dos pássaros serem encontrados mortos, um caminhão aparece passando em alta velocidade na via. Em seguida, pássaros saem de uma árvore voando. Não é possível identificar nas imagens se o veículo atinge a árvore ou periquitos. A Avenida Efigênio Sales, onde os animais foram encontrados, costuma ter trânsito intenso e recebe grande fluxo de veículos de grande porte, por ser uma das vias que liga a Zona Centro-Sul ao Distrito Industrial.
O médico veterinário e analista ambiental do Ibama, Diogo Lagroteria, afirmou ao G1 que, por dia,cerca de cinco pássaros são atropelados na avenida. Por mês, o número de mortes chega a 150.
 
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE) também instaurou inquérito civil para apurar a causa da morte dos periquitos. A portaria que determina a realização de investigações foi publicada nesta quarta-feira (3), no Diário Eletrônico do órgão.
 
Entenda o caso
 
Cerca de 200 periquitos foram encontrados mortos na manhã de quinta-feira (27) na Avenida Efigênio Sales, situada na Zona Centro-Sul de Manaus. A suspeita é de que as aves tenham sido envenenadas. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) apura o caso.
 
Os pássaros foram encontrados em frente a um condomínio residencial. Há cerca de dois anos, as palmeiras imperiais do condomínio foram teladas para evitar que as aves pousassem. Nesta terça-feira (2), as telas foram retiradas da copa das árvores pelo Corpo de Bombeiros. A medida foi adotada por exigência do Ipaam, após aves ficarem presas no local.
Um protesto foi organizado no último sábado (29) por Organizações Não Governamentais (ONGs) de proteção animal, que cobram providências do poder público sobre o caso.