Por CEDECOM
A preservação do percentual mínimo de 20% de Mata Atlântica nativa nas propriedades rurais, proposta pelo Código Florestal, não é suficiente para a proteção de espécies de aves dependentes de floresta. A conclusão é de uma pesquisa que investigou a influência da cobertura florestal em comunidades de aves e suas funções ecossistêmicas, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.
O estudo foi realizado pelo ornitólogo Paulo Ricardo Siqueira, durante o doutorado, em áreas remanescentes da Mata Atlântica, com altitude entre 900 e 1,4 mil metros – as chamadas paisagens altimontanas –, localizadas na Cadeia do Espinhaço, entre a Serra do Cipó e o município de Diamantina, em Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais .
Segundo o pesquisador, a diminuição da cobertura florestal pode levar até mesmo à extinção de algumas espécies, sobretudo as classificadas como dependentes de floresta, que precisam de condições específicas para sobreviver. Além da alimentação, as florestas oferecem abrigo e condições de reprodução para aves como o pica-pau e o jacu.
O trabalho foi orientado pelo professor Frederico de Siqueira Neves, do Departamento de Genética Ecologia e Evolução do ICB, e contou com financiamento do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e da Fundação Rufford, que financia projetos de preservação da natureza, com abrangência internacional.
Saiba mais sobre a pesquisa no novo episódio do Aqui tem ciência.
Raio-x da pesquisa
Título: Efeito da cobertura florestal sobre a comunidade de aves e suas funções ecossistêmicas
Autor: Paulo Ricardo Siqueira
O que é: tese de doutorado que apresenta investigação sobre a influência da preservação de florestas na proteção de aves em áreas remanescentes da Mata Atlântica em regiões altimontanas da Cadeia do Espinhaço, em Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais .
Programa de Pós-graduação: Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre
Orientador: Frederico de Siqueira Neves
Financiamento: Bolsa Capes, Funbio e Rufford
O episódio 160 do Aqui tem ciência tem produção e apresentação de Alessandra Ribeiro e trabalhos técnicos de Cláudio Zazá. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos realizados na UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida na Universidade.
O programa vai ao ar na página da emissora e na frequência 104,5 FM, às segundas-feiras, às 11h, com reprises às sexta-feira, às 20h, e fica disponível também em aplicativos de podcast, como o Spotify.