Após a decisão da 1ª Região do Tribunal Regional Federal (TRF), nesta segunda-feira (16), por anular a notificação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) que ordenava a soltura das capivaras doentes capturadas na orla da lagoa da Pampulha, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) divulgou que um novo plano de manejo dos animais deverá ser apresentado até o dia 14 de abril, quando haverá uma audiência de conciliação sobre o caso.
A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira (17), pelo vice-prefeito e secretario de Meio Ambiente, Délio Malheiros. A decisão judicial anula tanto a notificação do Ibama quanto a recomendação do Ministério Público de Minhas Gerais (MPMG). "Vamos apresentar este plano de manejo, passivo, assim como foi da última vez. Os animais serão atraídos com alimentos para entrarem na armadilha e serem capturadas. O objetivo é que depois disso o próprio Ibama seja responsável pela destinação destes animais doentes para seu habitat", lembrou.
Cerca de 40 a 50 capivaras ainda continuam na lagoa e outras 47 foram capturadas inicialmente. Entre as capturadas, cerca de 25 morreram. "Elas não morreram de maus tratos, mas sim por causa de brigas, outras estavam com a saúde debilitada, algumas já idosas. Acontece que 80% destes animais estavam contaminados pela bactéria da febre maculosa e tinham carrapato, não seria seguro soltá-los", disse Malheiros.
Dentro do plano de manejo está incluída a esterilização dos animais saudáveis, que será realizada em parceria com a escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais (UFMG). "Vamos apresentá-lo e, imediatamente assim que tivermos a aprovação do Ibama, daremos início à execução do plano", finalizou o vice-prefeito.
Entenda
No último dia 6 de março integrantes do Movimento Mineiro pelos Direitos dos Animais (MMDA) fizeram denúncias de maus-tratos com relação aos animais. Para eles, o índice de mortes das capivaras presas é alta. A Polícia Civil está investigando o caso. A recomendação do Ministério Público levou em consideração a argumentação do grupo e foi feita no dia 10, do mesmo mês.
A Justiça determinou nesta segunda-feira que a PBH não precisaria soltar mais os animais que estão presos no Parque Ecológico, na região da Pampulha, anulando tanto da notificação do Ibama quanto a recomendação do MPMG.