O Brasil tem, até o momento, 13 casos confirmados laboratorialmente de gripe aviária em animais, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Minas ainda não registrou nenhum, mas o governo está alertando a população para evitar ocorrências. Além de medidas preventivas e de vigilância, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), responsável pela vigilância sanitária no Estado, tem adotado série de medidas para monitorar a doença.
Além de distribuir cartilhas educativas sobre técnicas de biosseguridade e boas práticas agropecuárias para a população, o IMA tem realizado exames em criatórios situados em municípios indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e que fazem parte da rota de aves migratórias – principal forma de transmissão da doença.
A ideia é mobilizar criadores de aves – para fins comerciais ou de subsistência – a colocar em prática medidas sanitárias que impeçam a ocorrência de focos.
Para isso, o IMA reuniu uma força-tarefa composta por Seapa, Emater-MG, UFMG, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Conselho Regional de Medicina Veterinária e Avimig.
Prevenção
A principal instrução é evitar o contato desprotegido com aves que aparentam estar doentes ou que tenham morrido.
Além disso, produtores de aves devem utilizar roupas de proteção e higienizar frequentemente as mãos, oferecer apenas água tratada para as aves e manter todos os objetos utilizados no manejo das aves limpos e desinfetados – incluindo botas, vestimentas e bandejas alimentadoras.
Deve ainda utilizar telas com malha não superior a 2,54 cm que impeça a entrada de pássaros, animais domésticos e silvestres no interior do galpão.
Grupos de WhatsApp também têm sido utilizados para a divulgação de informações sobre a gripe aviária. E extensionistas da Emater-MG repassam orientações desde o final do ano passado, durante visitas técnicas às propriedades e reuniões com produtores. Técnicos do IMA também têm divulgado o material diretamente com o produtor.
Infecções humanas
A influenza aviária pode dizimar plantéis em pouco tempo, causando prejuízos econômicos aos avicultores. Considerada uma síndrome respiratória nervosa, possui alta patogenicidade, e é classificada como zoonose (transmitida do animal para a pessoa).
Em relação às infecções humanas, podem ser adquiridas principalmente por meio do contato com aves doentes (vivas ou mortas) ou ambientes contaminados (secreções respiratórias, sangue, fezes e outros fluidos liberados no abate das aves).
Já o risco de transmissão às pessoas por meio de ovos ou carne devidamente preparados e bem cozidos é muito baixo.
O produtor rural deve estar atento aos sinais da doença em suas aves. Dentre os indícios de infecção pelo vírus estão morte súbita, depressão severa, apatia, diminuição ou ausência de consumo de ração e falta de coordenação motora.
Observando sintomas nas aves, o IMA recomenda a notificação por meio do WhatsApp: (31) 98598-9611.
Caso o avicultor prefira registrar a notificação pessoalmente, pode comparecer a uma das unidades do IMA em todo o estado, ou ainda, se manifestar por e-mail selecionando sua cidade neste link:
http://ima.mg.gov.br/atendimento/nossas-unidades
Casos no Brasil
Dos 13 casos registrados no país, nove estão no Espírito Santo, três no Estado do Rio e um no Rio Grande do Sul. O primeiro caso suspeito foi anunciado pelo Ministério da Saúde em 17 de maio.