Mesma raça do famoso comedor de lasanhas Garfield, são uns dos mascotes mais vendidos no Brasil

Nem mesmo a fama de preguiçoso, resmungão e guloso impediu que a raça do gato Garfield, estrela de uma das tirinhas mais conhecidas do mundo e do cinema, se popularizasse no Brasil. Ao contrário, os gatos persas estão entre os mascotes mais vendidos do país, e com a pelagem sedosa, cabeça grande, orelhas pequenas e focinhos achatados, têm conquistado vários donos.

Apaixonada por felinos, a engenheira civil Juliana Hollerbach acabou transformando esse gosto em profissão. Dona do Gatil Little Cat há dois anos, ela explica que há três categorias de persas: o himalaio, os de pelo longo e os de pelo curto, que é considerado oficialmente a raça do personagem dos quadrinhos. Embora o Garfield tenha pelos alaranjados, esse não é um padrão. As cores podem variar desde o branco até o malhado.

Por causa do convívio com os 11 gatos dessa raça que fazem parte do gatil, Juliana sabe definir muito bem as características dos bichanos. “Eles são quietos, dóceis, tranquilos e muito bonitos”, se derrete. No entanto, o principal atrativo do gato persa é também o que exige mais cuidado. “Ele é naturalmente muito peludo. Por isso, é importante escová-lo com frequência para retirar os pelos mortos e evitar os nós”, afirma.

Muito mais que estética, a escovação é necessária para manter a saúde dos bichos, segundo Roberta Oliveira de Carvalho, que está cursando doutorado em Medicina de Felinos, na Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais (UFMG). “É natural nos gatos o hábito de se lamberem. Como os persas são peludos, se não houver escovação, a tendência é que eles engulam mais pelo que o normal, o que pode trazer alguma alteração digestiva”, adverte.

Roberta explica que os gatos persas passaram por um processo de aprimoramento da raça, visando aumentar a beleza do animal. O problema é que, junto com o desenvolvimento, vieram também alguns prejuízos. “A maioria dos persas tem nariz achatado e, por isso, tem predisposição a desenvolver problemas respiratórios, como rinite e conjuntivite”, afirma.

Os olhos dos bichinhos também merecem atenção. Segundo a especialista, os persas lacrimejam muito e a lágrima acaba se acumulando nas dobras que se formam entre o focinho e os olhos. “Se o proprietário não secar e higienizar, aquela área fica úmida e pode surgir alguma infecção bacteriana”, alerta.

Roberta Oliveira de Carvalho é doutoranda em Medicina de Felinos na Escola de Veterinária da UFMG.

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