O frio em Belo Horizonte e em Minas atinge não somente os seres humanos , mas também os animais de
estimação. Assim como nós, os bichinhos sofrem com as baixas temperaturas e, se não forem protegidos,
podem até morrer, já que, dependendo do clima, o pelo não é suficiente para resguardá-los.
Pensando nisso, a campanha Bichinho Quentinho, criada em 2017 pelo Movimento Mineiro pelos Direitos
Animais (MMDA) , educa a população a auxiliar tanto os animais de estimação quanto os que estão em
condição de rua.
Adriana Araújo, coordenadora do MMDA, afirma que os animais fazem parte das nossas famílias e precisam
de cuidados, pois, como os humanos, também podem adoecer.
"Algumas medidas são colocar roupinhas, sobretudo nos cães, e disponibilizar uma manta, para ser colocada
na caminha do animal. No caso dos gatos, que, normalmente, já buscam locais quentes, no inverno a procura
é maior. Por isso, é importante reforçar o cuidado".
Por isso, em dias assim, o ideal é que cães e gatos possam dormir em casa, sobretudo nas noites mais
geladas . Outro fator importante e exige atenção é a vacinação desses animais. "A vacina contra a cinomose,
doença viral que deixa várias sequelas neurológicas, é fundamental neste período frio, pois é a época que
mais acomete os cães", ressalta Adriana Araújo.
A coordenadora do MMDA frisa que, caso a pessoas não tenha condição de comprar roupas para os cães,
existem vários tutoriais na internet que ensinam a confeccionar. "Nas redes, há alguns vídeos educativos que
mostram como fazer roupinhas para os cães com blusas e calças de malha. O custo é bem baixo".
Segundo Gilson Dias, veterinário da Associação Bichos Gerais, em casos de animais com pelos mais longos
o tutor deve retirar a roupa e escovar o pelo ao menos duas vezes ao dia. "A medida ajuda o pelo não
embolar. Além disso, para aqueles animais que precisam tosar, é necessário esperar o frio passar, pois, não
é uma hora".
Com relação aos gatos, Adriane Costa Val, professora de Veterinária da UFMG e coordenadora do Grupo de
Discussão em Felinos (GDfel), assegura não haver muitas medidas de proteção além das que já são
oferecidas. "Pessoas com aquecedor em casa devem ter o cuidado dobrado, pois, às vezes, o gato fica muito
perto e pode machucá-lo".
A professora da UFMG também informa que não se deve alterar a alimentação comum do animal e nem
colocar roupinha. "A roupinha é muito útil para cães que, geralmente, são magrelos. Mas, em casos de gatos
com pelos, não é necessário". Quanto ao banho em cães, Adriana esclarece a necessidade de secá-los para
evitar que os bichos durmam com o pelo molhado.
Já o veterinário Gilson Dias comenta que colocar vestimentas em gatos exige uma atenção maior do tutor. "O
animal, ao sair de casa, pode enganchar a roupa em lugares ou momentos que a pessoa não está disponível
para socorrê-lo. Até a coleira deve ser escolhida com atenção, por isso, tem que ficar de olho nele".
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