Segundo diretoria da instituição, atividades da fazenda experimental estão mantidas. Medida visa assegurar a capacidade operacional da unidade, dando continuidade às atividades acadêmicas.
 
 
A crise financeira tem atingido os mais diversos setores da Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais (UFMG). Desta vez, a Escola de Veterinária precisou vender animais bovinos e suínos para “adequar atividades à disponibilidade orçamentária”, segundo a diretoria da unidade.
 
Os bois e porcos ficavam na Fazenda Experimental Professor Hélio Barbosa, localizada em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A unidade, com 240 hectares, tem o objetivo de dar suporte ao ensino da graduação e pós-graduação e às atividades de pesquisa e de extensão.
 
De acordo com a diretoria da instituição, a venda foi uma das medidas tomadas devido à restrição no orçamento da escola e também da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fepe).
 
"A fazenda, como qualquer sistema de produção, tem entrada e saída de animais por reposição e comercialização quando eles atingem a idade apropriada. Especificamente, agora, o que está acontecendo é a readequação dos planteis à realidade orçamentária que estamos vivendo", disse o diretor em exercício da escola, professor Roberto Maurício Carvalho Guedes.
Segundo ele, do gado de leite, foram vendidos 36 animais. O valor obtido com a venda não foi divulgado, mas, de acordo com Guedes, a quantia será revertida para a compra de insumos, como ração para os animais.
 
A escola ressaltou que as atividades da fazenda estão mantidas e que não há a supressão de rebanhos.
 
"Essa readequação que nós estamos fazendo é justamente para ter condições de manter essas aulas, nenhuma aula foi cancelada. (…) Com isso, então, a gente consegue o atendimento dessas atividades, com o menor prejuízo possível, mas é claro que existe alguma perda, do ponto de vista principalmente de pesquisa", avaliou.
Ainda segundo o diretor em exercício, com redução do tamanho do rebanho, também deve haver dispensa de funcionários a partir de novembro. O número de profissionais não foi informado.
 
A diretoria da escola afirmou ainda que tem, juntamente com a reitoria da UFMG, buscado alternativas para ampliar o orçamento disponibilizado para a fazenda, que além de bovinos e suínos, conta com aves, equinos e coelhos.
 
Bloqueio na UFMG
 
Em maio deste ano, o governo bloqueou 30% do orçamento da UFMG. Segundo Guedes, o impacto na Escola de Veterinária foi proporcional ao percentual retido da universidade.
 
Na semana passada, a UFMG informou que parte do recurso que havia sido contingenciado pelo governo federal foi desbloqueada e que então poderia "honrar" os contratos referentes a setembro.
 
Segundo a universidade, R$ 30,1 milhões, do montante de R$ 64,5 milhões, foram liberados. A UFMG diz que continua trabalhando para que o restante, R$34,4 milhões, seja desbloqueado.
 
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