Por volta de 12h30, o animal foi recolhido pelos bombeiros no início da tarde e levado para uma clínica veterinária particular com ferimentos na coluna
Uma capivara foi atropelada dentro do câmpus da Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais (UFMG) na manhã desta quinta-feira e, segundo testemunhas, agonizou por mais de cinco horas até receber socorro do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. O animal foi recolhido pelos militares no início da tarde e levado para uma clínica veterinária particular com ferimentos na coluna.
De acordo com a estudante do doutorado de engenharia, Elke Margareth Fernandes Lemos, a capivara ficou deitada entre os prédios das escolas de Música e Belas Artes. “Muitas pessoas tentaram ajudar, mas ela é selvagem e estava muito machucada”, afirma Lemos. Segundo ela, não há informações de quem atropelou o animal.
A estudante chamou a polícia para tentar prestar socorro ao animal. Ela relatou que a Polícia Militar (PM) do Meio Ambiente foi ao câmpus e procurou o Hospital Veterinário da UFMG para pedir ajudar, mas foram informados de que não havia ninguém especializado para cuidar de um animal silvestre.
Indignada com a atitude das equipes do hospital universitário, Lemos insistiu em ajudar e contou com o apoio dos seguranças da UFMG para conseguir atendimento para a capivara. O 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros recolheu o animal por volta de 12h30 com apoio da PM.
De acordo com a polícia ambiental, esse animal provavelmente saiu da Lagoa da Pampulha. Após tratamento, a capivara dever ser levada para o habitat natural na lagoa.
Segundo a UFMG, o atropelamento do animal foi registrado por volta das 7h15 e os seguranças fizeram contato com a central de rádio às 7h30, e depois acionaram o hospital veterinário. O socorro foi negado pela unidade, segundo a universidade, pois o atendimento a animais silvestres tem que ser feito por um profissional específico credenciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
O hospital veterinário indicou aos seguranças que ligassem para o Ibama, o que foi feito às 7h46. Segundo a UFMG, o órgão disse que iriam enviar um carro para fazer a remoção do animal, porém nenhum veículo estava disponível. Ainda de acordo com a universidade, devido ao trânsito, a viatura chegou ao local às 11h53, mas não conseguiu levar o animal, pois já estava cheio e não cabia a capivara.
Diante da situação, a UFMG afirmou que uma estudante ligou para o Corpo de Bombeiros que removeu o animal.
A Escola de Veterinária da UFMG e a direção do Hospital Veterinário gostariam de esclarecer que o animal não chegou a ser encaminhado ao Hospital Veterinário. Esclarecemos que a instituição não conta com nenhum profissional especializado para a remoção e o atendimento de animais silvestres, mas que os primeiros socorros têm sido sempre prestados, em casos de urgência, desde que o paciente seja trazido até a unidade. Esclarecemos ainda que, nestes casos, é imprescindível que haja um profissional especializado para abordagem e captura, e que isso é de competência do Ibama e da Polícia Militar Ambiental. É importante ressaltar, que em casos de acidentes com animais silvestres, a conduta correta é acionar imediatamente estes órgãos para que o animal possa ser capturado e encaminhado para atendimento especializado.