Apesar de as vacinas não oferecerem 100% de proteção, elas são importantes para amenizar os riscos de doenças
Daniela Garcia – Repórter – 19/05/2011 – 20:36
Cães e gatos têm que receber doses de vacinas para garantir a saúde, mas donos devem evitar exageros
A cada visita à veterinária, você descobre que o seu cão ou gato precisa ser vacinado contra uma nova doença ou necessita tomar mais uma dose. No Brasil, estão disponíveis mais de 20 tipos de imunização para cachorros e 14 variedades para os felinos. Será que todas essas aplicações são essenciais para a saúde do seu pet?
A resposta é não, na avaliação do veterinário e pesquisador Artur Vieira Vasconcelos. Apenas duas vacinas são consideradas obrigatórias, de acordo com o trabalho “Imunizações em cães e gatos: tendências atuais”, publicado na UFMG, neste ano. Depois de analisar dados da clínica universitária e orientações internacionais, ele produziu um calendário mínimo de doses para os bichinhos. “As vacinas essenciais são assim consideradas porque são desenvolvidas para proteger contra doenças que impõem sério risco a saúde do animal, independentemente da localização geográfica e estilo de vida do paciente”, explica.
Cães, a partir de oito e nove semanas de vida, devem tomar a primeira dose da sêxtupla, óctupla ou décupla. Esse tipo de vacina tem efeito polivalente, protege contra diversas doenças. Todas elas previnem de cinomose, parvovirose, parainfluenza, coronavirose, adenovirose e hepatite. No caso da óctupla, a imunização vem com duas cepas contra leptospirose e, a última, oferece quatro.
A segunda dose deve ser dada com três e quatro semanas de vida e, a terceira, entre 14 e 16. Vasconcelos alerta que o animal que tomar a sêxtupla, óctupla ou décupla repete uma única dose com um ano e depois a cada três anos ou mais. Imunização contra raiva também é fundamental. Os cães devem ser vacinados a partir dos três meses, reaplicando a prevenção na fase adulta, acima dos quatro meses. De acordo com a marca da vacina, essa única dose pode ser suficiente por três anos ou mais.
Os cuidados para os felinos incluem a tríplice ou quádrupla, além da anti-rábica. A primeira deve ser dada em três doses, aos 30, 60 e 120 dias de vida. Ambas oferecem proteção contra panleucopenia, herpes virose e cálice virose. A quádrupla tem a vantagem de prevenir contra clamídia, que afeta principalmente animais vindos da rua. Quando filhote, a imunização da raiva deve ser dada com mais de três meses. E na fase adulta, acima dos quatro meses.
“Não existe vacina que proteja completamente”, lembra a professora de Veterinária da UFMG Adriane Costa Val. Ela afirma que as vacinas são feitas para prevenção de doenças e que nenhuma delas pode garantir 100% de eficácia. Outro alerta de Adriane é quanto à aplicação caseira. A professora explica que imunização vendida livremente em farmácias não é confiável. “As vacinas éticas são permitidas apenas em clínicas veterinárias, que garantem o controle e armazenamento ideal”.
Adriane Pimenta da Costa Val Bicalho é professora do Departamento de Zootecnia da EScola de Veterinária da UFMG.
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