Profissional alega que tentou acessar o laudo médico, mas não conseguiu e vai protocolar liminar no Fórum Lafayette
Um ambientalista mineiro vai entrar com um pedido na justiça para ter acesso ao resultado da necropsia realizada no corpo do gorila Idi Amim, morto no dia 7 de março em Belo Horizonte. O pedido de liminar deve ser protocolado no Fórum Lafayette, na capital mineira, nesta terça-feira (5).
A decisão foi tomada após Heleno Maia, que também é jornalista e presidente do Instituto Heleno Maia, fazer várias tentativas de acesso ao documento na Fundação Zoobotânica. "A instituição me informou que só posso ver o laudo com permissão do presidente, mas tentei inúmeras vezes e não consegui", afirma.
Heleno alega que o caso ainda esta obscuro e as causas da morte do gorila precisam ser esclarecidas. "Indi morreu após a aplicação de um tranquilizante. Acredito que houve negligência por parte dos veterinários", explica o ambientalista. "Se a causa foi realmente essa, eles precisam ser punidos", complementa. Amin tinha 37 anos e era o único gorila na América do Sul.
Procurada pelo Portal HD, a fundação informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda está verificando informações internas sobre o caso e que desconhece a demanda do ambientalista.
A causa da morte de Idi Amim teria sido insuficiência renal-crônica, de acordo com a instituição. O laudo foi feito pela Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais Minas Gerais (original name) Minas Gerais , em parceria com veterinários do Zoológico de Belo Horizonte.
Veja a nota enviada pela FZB-BH
A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte informa que o laudo de necropsia do Gorila Idi foi finalizado e a conclusão da causa mortis foi de insuficiência renal crônica associada a poliartrite crônica-ativa, confirmando a suspeita clínica informada anteriormente.
O laudo foi elaborado pela equipe de Médicos Veterinários da FZB-BH e do Setor de Patologia da Escola de Veterinária da UFMG, onde foram realizados todos os exames complementares.
A sala de necropsia da Escola de Veterinária da UFMG é composta por cinco mesas para necropsia de pequenos animais e de uma mesa para necropsia de grandes animais, três grandes câmaras de refrigeração, cubas para preservação de carcaças de animais pequenos ou de órgãos e também de geladeiras e freezeres. Nessa sala são realizadas necropsias de cães, gatos, bovinos, eqüinos, caprinos, ovinos, aves, bem como de animais silvestres e de animais aquáticos. Por ano, são realizadas aproximadamente 1.000 necropsias de animais do Hospital Veterinário da UFMG, de clinicas veterinárias particulares, de propriedades rurais e empresas bem como de cadáveres que são capturados pelo Ibama, pelo Serviço de Zoonoses da prefeitura e também por órgãos policiais.